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quinta-feira, 28 de março de 2024

Greve nacional dos bancários

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A ganância do capital financeiro obriga a categoria dos bancários a realizar mais uma greve nacional. A paralisação, aprovada em rodada de assembleias no último dia 12, está prevista para se iniciar neste dia 19 de setembro. Novas assembleias ocorrerão para organizar e avaliar o movimento.

A greve é uma resposta da categoria ao impasse instalado na mesa de negociação devido à intransigência patronal diante das propostas do Comando Nacional do Bancários. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs um reajuste de 6,1% nos salários. O índice, apresentado no dia 05 de setembro, deve ficar abaixo da inflação medida pelo INPC nos últimos 12 meses, que é estimada em 6,22%. Os bancários reivindicam, além da reposição da inflação, aumento real de 5%.

“Vamos paralisar em resposta à provocação dos bancos que fizeram uma proposta sem aumento real, o que é inaceitável diante dos seus lucros gigantescos”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e coordenador do Comando Nacional.
O setor financeiro apresentou lucros recordes no primeiro semestre de 2013. Os cinco maiores bancos (Banco do Brasil, Caixa Federal, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander) alcançaram resultados de R$ 29,1 bilhões, ante R$ 24 bilhões no mesmo período do ano passado.

Os representantes dos trabalhadores denunciam também o elevado índice de trabalhadores enfermos devido a uma combinação de acúmulo de trabalho, volume de pressão por metas e déficit de pessoal. Em 2012, mais de 21 mil bancários foram afastados do trabalho, sendo mais da metade por transtornos mentais e doenças como lesão por esforço repetitivo ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LER/Dort), causados por um ritmo de trabalho estressante e abusivo.

Por isso, os bancários reivindicam mais contratações para melhorar a qualidade do atendimento, com abertura de agências das 9h às 17h, dois turnos de trabalho e jornada diária de cinco horas. Outros itens reivindicados são: piso salarial no valor de R$ 2.860; participação nos lucros ou resultados de três salários-base, mais uma parcela adicional fixa de R$ 5.553,15; e valorização dos vales refeição e alimentação (um salário mínimo, R$ 678,00) etc.

Clodoaldo Gomes de Oliveira,
da Coordenação Nacional do MLC

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