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quinta-feira, 18 de abril de 2024

A pane no metrô de São Paulo e o “vandalismo” nosso de cada dia

unnamedMilhões de trabalhadores, além da exploração, estão sujeitos ao grande caos que é o transporte público de São Paulo. Para ir e vir do trabalho é preciso pagar uma tarifa abusiva e pode-se afirmar que o transporte na cidade mais populosa deste país contribui e muito para o estresse de quem o utiliza. Se não bastassem as violações que sofremos no emprego, na educação ou nos hospitais, o nosso direito de ir e vir está sucateado.

Paralisações na Linha 3 – Vermelha ocorrem todos os dias, principalmente em horários de ida e volta do trabalho, mas para o governador Geraldo Alckimin, o PSDB e seu Secretário de Transportes, Jurandir Fernandes, isto é “caso de polícia”. Afinal, é assim que o Governador do Estado de São Paulo vem tratando a população: a base do cassetete.

Após mais uma pane ocorrida no Metrô, nesta terça-feira, declararam: “a causa destes problemas é o vandalismo inusitado de grupos organizados”. Como medida escalaram policiais para fazer o serviço de “manter a lei e a ordem”. Ou seja, a moda é classificar de “vândalo” o pobre indignado com a situação vivida. E sim, os destinados a resolver estes e outros problemas são, mais uma vez, a Polícia Militar, que já demonstrou estar na rua para proteger o cidadão rico e sua propriedade. Quer mais exemplos do descaso do governo tucano com a população? Basta ver as cenas de despejos ocorridos em Pinherinho, a truculência do Choque na manifestação do dia 25 de Janeiro ou os cartéis bilionários que beneficiam grandes empresas, como Alstom e Siemens.

Quem utiliza o Metrô sabe do sufoco que são estas paralisações. O certo é que o ocorrido desta terça e dos dias que se seguem, não é exceção: aprofunda a exploração sofrida pelos trabalhadores. É a forma de dizer “bastas”, destes milhões de oprimidos, cada janela estilhaçada. O povo está surtando com esta rotina caótica. Quem ficaria tranquilo, após um dia de trabalho, em um vagão escuro, sem ar e lotado de crianças, jovens, mulheres grávidas, deficientes, etc., correndo diversos riscos? Você ficaria, Governador? E você, Secretário dos Transportes?

Matheus Nunes, São Paulo

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