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quinta-feira, 28 de março de 2024

Ato no Rio exige fim da criminalização das manifestações

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01oab8907Em ato carregado de emoção, a OAB/RJ e a Comissão da Verdade do Rio deram início, no último dia 22 de julho, à campanha contra a prisão ilegal e arbitrária dos 23 manifestantes indiciados por “formação de quadrilha armada” pelo judiciário fluminense, após denúncia do Ministério Público/RJ.

O plenário Evandro Lins e Silva, na sede da OAB, ficou pequeno para a quantidade de representações partidárias, deputados, entidades civis, advogados e manifestantes que se pronunciaram em defesa da democracia, do direito à livre manifestação e contra o autoritarismo praticado pelo juiz Flávio Itabaiana, segundo a defesa dos acusados.

De acordo com o advogado de 16 dos 23 acusados, Marino D’ Icarahy, que também é pai de um dos presos, a DRCI (Delegacia de Repressão a Crimes de Informática) se transformou no antigo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) dos tempos da ditadura, e setores do Poder Judiciário, segundo Wadih Damus, ex-presidente da OAB/RJ, querem a volta daquele período, já que mandam prender preventivamente sem provas, por cogitação, baseados em escutas telefônicas que nada justificam a prepotência da atitude, além de desrespeito ao processo legal, dificuldade de advogados no acesso aos autos, condenações por articulações midiáticas, numa verdadeira afronta à ordem jurídica.

“Agora, mais do que nunca, devemos exigir que os torturadores da época da ditadura devem ser julgados e condenados pelos crimes que cometeram. As consequências da política praticada naqueles anos, e que continua impune, estão aí, permitindo que o fascismo avance e queira retomar o espaço que lhe foi arrancado”, disse o representante do PCR, Marcos Villela, ao denunciar a criminalização dos atos e movimentos sociais que lutam por justiça e uma vida mais digna para os trabalhadores e o povo brasileiro.

A ira dos fascistas, principalmente após as manifestações de junho do ano passado, só tem aumentado e levado seus representantes incrustados nos órgãos públicos a se vingarem nos jovens que se manifestam por um futuro melhor para o povo. Os exemplos são muitos e só aumentam, pois acontecem em quase todos os estados onde proliferam a indignação e a rebeldia da nossa juventude.

A manhã dessa terça-feira, 22 de julho, reviveu os tempos dos anos de chumbo em que a esquerda, os democratas e patriotas se reuniam na OAB para traçar os rumos da luta jurídica e de rua (quando dava) contra as arbitrariedades, a prepotência e o autoritarismo do regime que prendia, torturava e assassinava os seus opositores. Unanimemente, o plenário rechaçou esse retrocesso e gritou em alto e bom som: “NÃO PASSARÃO. LIBERTEM OS PRESOS POLÍTICOS!”

Redação Rio

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