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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Prefeitura do Rio corta R$ 725 milhões da Saúde

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), enviou para a Câmara de Vereadores, no final de outubro, a proposta de orçamento para 2019. Apesar de haver discreto aumento da previsão de arrecadação, são propostos cortes orçamentários na maioria das funções e órgãos públicos.

A Saúde será a área mais afetada, com redução de 12,7% em seu orçamento em relação a 2018, um total de mais de R$ 725 milhões. Em seguida, estão as áreas de Urbanismo (R$ 142 milhões), Saneamento (R$ 114 milhões) e Assistência Social (R$ 101 milhões). Em contrapartida, o orçamento da Casa Civil terá um aumento de R$ 588 milhões, boa parte para gastos com publicidade e propaganda.

De acordo com Nayá Puertas, diretora do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, o corte de verbas para a Saúde levará à extinção de, pelo menos, 300 equipes do programa Saúde da Família na capital, 25% das equipes existentes. “Serão mais de 2.400 trabalhadores demitidos e milhões de cariocas ficarão sem assistência médica”, disse.

No dia 23 de outubro, foi realizada uma grande manifestação de diversas categorias da Saúde municipal em frente à Prefeitura para cobrar o pagamento dos salários atrasados, a compra de insumos e denunciar a proposta orçamentária de Crivella, eleito com a promessa de que iria “cuidar das pessoas”.

Trabalhadores das clínicas de Saúde da Família, dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), das UPAS Hospitais e da Coordenação de Emergência Regional (CER) foram recebidos pela Guarda Civil Metropolitana e não conseguiram sequer uma audiência com o prefeito ou com o secretário de Saúde.

“Essa é a verdadeira face do prefeito Marcelo Crivella, um político autoritário e despreocupado com o bem-estar da população”, afirma a Dra. Nayá. “Não vamos nos intimidar. enfermeiros e técnicos de enfermagem já estão em greve e os médicos entraram em estado de greve desde o dia 18 de outubro. Exigimos a recomposição do orçamento para 2019, o fim das demissões e a readmissão de todos os demitidos”.

Redação Rio de Janeiro

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