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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Bolsonaro : Um governo baseado em mentiras

Segundo o dicionário, demagogia é a manipulação de sentimentos e paixões populares visando conquistar o poder, quando um político corrupto se utiliza de um discurso bonito, mas com um único intuito: enganar a população ou mesmo demonstrar bons sentimentos e boas intenções, porém, falsas. E demagogia é a palavra que melhor resume o governo recém-empossado Jair Bolsonaro.  Eleito espalhando mentiras, discursos de ódio contra mulheres, negros e indígenas, tudo via Whatsapp, o capitão reformado do exército agora vê seu castelo de cartas desmoronar, isso tudo com menos de um mês de mandato.

 O problema é que, segundo a cultura popular, a mentira, mesmo andando quilômetros, ainda tem pernas curtas. Os discursos inflamados contra a corrupção, se dizendo o que havia de mais novo na política, que iria mudar o país radicalmente ficou, como diria o narrador, no zero a zero. As mentiras do candidato ficaram no “zap zap” e o vento levou. Dos 22 ministros escolhidos, nove estão envolvidos em processos e investigações, denúncias essas que vão desde corrupção, improbidade administrativa, favorecimento ilícito, fraude em licitação, caixa dois, inquéritos envolvendo o Ministério Público e a própria Operação Lava Jato.

Isso sem falar no próprio presidente, que, apesar do discurso anticorrupção, teve seu nome envolvo em crimes como lavagem de dinheiro, funcionários fantasmas em seu gabinete e o antiético auxílio moradia de R$ 3.083,00 pagos pela câmara de 1995 até ser denunciado perto das eleições. Sabe aquela expressão, “casa de ferreiro, espeto de pau?” bem isso. Prometendo “enxugar a máquina”, acabar com as regalias, vimos cair a máscara de bolsonaro e sua trupe, com escândalos como ex-alunos assumindo cargos, o filho do vice-presidente ser promovido de modo relâmpago e muita polêmica se espalharem pelas redes sociais.

A cara de pau chega a ser tanta que até generais nomeados ministros, tidos como exemplos de conduta e probidade, também tiveram seus nomes manchados em denúncias e escândalos, como o general Heleno, que recebia um salário de R$ 59 mil do Comitê Olímpico do Brasil (COB), sendo R$ 47 mil vindos de recursos públicos, ou seja, recebendo acima do teto permitido para funcionários públicos (R$33,9 mil). Mas não nos enganemos. A demagogia é a principal característica do fascismo, como denunciou Geórgi Dimitrov em sua obra A Unidade Operária Contra o Fascismo:

 “(…) o fascismo surge e conquista influência sobre as massas, destacando o apelo demagógico sobre as necessidades mais urgentes dos trabalhadores, bem como pela incitação aos antigos preconceitos alimentados pela ideologia burguesa sobre o proletariado (…) o fascismo é demagógico. Promete às massas melhores condições de vida, mas proporciona, na realidade, o aumento da sua exploração, empurrando a classe trabalhadora para a sarjeta (…)”.

Ou seja, Bolsonaro, como uma espécie de “trump tupiniquim”, junto com a sua equipe tem trabalhado para dar seguimento a austeridade e destruição dos direitos adquiridos por décadas de lutas pelos trabalhadores.  Como fascista, representante dos interesses mais escusos do capital financeiro e da elite nacional, Bolsonaro tem como missão aplicar sua agenda antipovo. Não vai ser uma frase polêmica dita por um dos seus ministros ou uma postagem no facebook que guiará seu governo, que é bem assessorado pelos setores mais reacionários dos Fake News como a Cambridge Analytica, de Steve Bannon, o principal articulador da campanha de trump e outros políticos dessa laia ao redor do mundo.

Mas se a demagogia é pior que a mentira, e se ela tem pernas curtas, não iria demorar muito para cair por terra. O povo brasileiro, que enfrentou tantas provações e adversidades, não seria enganado por muito tempo. Se a demagogia é uma característica do fascismo, não se render é uma do brasileiro. Esses humilhados e ofendidos não irão ficar calados diante desse fascismo. A resposta para essa má fé do milionário fascista será respondida à altura. Afinal, nós brasileiros não temos a menor vocação para sermos escravos.

Clóvis Maia, Pernambuco.

 

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