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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Ocupação da Prefeitura de BH durou três dias. Leonardo, Poliana e Maura estão livres

Após aguardar por mais de um ano soluções para os diversos pedidos de reunião com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, centenas de famílias das Ocupações Eliana Silva, Paulo Freire, Vila da Conquista, Manoel Aleixo e Carolina Maria de Jesus, ocuparam pacificamente o prédio da Prefeitura para reivindicar a instalação de serviços essenciais, como saneamento, água, luz, asfaltamento, entre outras reivindicações.

Enquanto aguardavam uma resposta do prefeito para receber uma comissão de negociação, o comando do Choque da Polícia Militar exigia a imediata retirada das famílias de dentro do prédio, sob a alegação de que esta seria um condição exigida pelo prefeito Kalil. Por decisão das famílias, ninguém se retirou.

Solicitando uma reunião com Poliana Souza e Maura Rodrigues e pedindo a presença de Leonardo Péricles, o comandante da PM os levou para uma emboscada e deu ordem de prisão, sem nenhuma justificativa. Os fatos caracterizam um claro sequestro dos dirigentes do MLB. Pensavam, com isso, intimidar e desmobilizar o movimento, mas tiveram uma grande surpresa ao se depararem com a firmeza das famílias de permanecerem lá.

Levados para a Seflan, no bairro Floresta, onde permaneceram durante horas, passaram por revistas vexatórias e foram colocados em celas insalubres. Após muita pressão e com a chegada de advogados populares, os três foram liberados e retornaram à Prefeitura, onde centenas de famílias ainda se encontravam acampadas. Com isso, o tiro de Kalil saiu pela culatra, pois a entrada principal da PBH continuou ocupada por mais dois dias, até que uma mesa de negociações fosse estabelecida. Foram três dias de ocupação e, a todo momento, centenas de pessoas iam à PBH para prestar solidariedade e apoio às famílias e protestar contra as arbitrariedades da PM e a intransigência de Kalil.

Ao fim desta ação, foram arrancados os seguintes compromissos:

1 – Audiência de Conciliação com o proprietário do prédio da Rua Rio de Janeiro, nº 109, onde hoje se encontram parte das famílias da Ocupação Carolina Maria de Jesus;

2 – Reunião com a Companhia de Habitação de Minas Gerais, responsável pela Mesa de Negociação junto ao Governo do Estado;

3 – Reunião com o presidente da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), após mais de seis meses de tentativa, e com a secretária de Política Urbana de Belo Horizonte.

Redação MG

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