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sexta-feira, 29 de março de 2024

A luta da Ocupação Emmanuel Bezerra contra ordem de despejo

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MORADIA – Ocupação que garante casa para mais de sessenta famílias está ameaçada sob ordem de despejo. (Foto: Reprodução/Jornal A Verdade)
Ezequias Rosendo

NATAL (RN) – A ocupação Emanuel Bezerra nasceu no dia 30 de outubro, em um antigo prédio do curso de direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o prédio  estava há dezenove anos abandonado sem cumprir função social, e atualmente abriga cerca de 60 famílias sem teto na cidade de Natal.

Na última sexta feira (20), a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) solicitou à Justiça Federal a reintegração de posse do prédio, sem dialogar com o movimento e com as famílias que abrigam o local, autorizando inclusive o uso da força policial para retirar as famílias da ocupação.

“Se necessário, e estão autorizados a proceder ao arrombamento/derrubada de portas, portões, muros e cercas, lavrando ao final Auto de Reintegração na Posse e certidão circunstanciada da diligência” – diz o referido documento.

Em antagonismo com a justiça dos muito ricos do país, o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), atua há dezesseis anos na capital potiguar na luta pela reforma urbana, exigindo moradia para o povo pobre a fim de diminuir o déficit de cerca de 60 mil famílias sem teto na cidade, vítimas da especulação imobiliária de uma política classista que somente favorece os empresários do ramo imobiliário, que lucram com o acúmulo e a venda de imóveis, ao passo em que grande parte da população não têm onde morar.

“A Reitoria da UFRN, atualmente encabeçada por José Daniel Diniz Melo, discursa em defesa da democracia e da população, e combate à pandemia, mas na prática toma decisões como estas, que vão contra às famílias pobres que lutam por moradia e pela redução da desigualdade, obrigando-as a voltarem para a rua em meio ao aumento dos casos de coronavírus na nossa cidade. Com isso, fica evidente a hipocrisia e a sua política classista e anti-povo. Por isso, decidimos resistir, exigimos a imediata suspensão da ordem de despejo e diálogo com as autoridades. Enquanto morar for um privilégio, ocupar é um direito!” – contrapõe o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas.

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