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terça-feira, 23 de abril de 2024

Governo Bolsonaro se esfacela e fascistas buscam decretar estado de sítio

GOLPISMO – O estado de alerta e a mobilização popular são as únicas formas de barrar os golpistas. (Foto: Reprodução/Paulo Ladeira)
“Frente a essa situação, é necessário se preparar para ocupar as ruas esta semana, especialmente nos dias 31 de março e 1 de abril, combatendo as intenções golpistas e denunciando a data que marca o golpe militar.”
Redação São Paulo
Jornal A Verdade

SÃO PAULO (SP) – A dois dias da data que marca o dia do golpe militar de 1964 (1º de abril), ministros desembarcam do governo Bolsonaro que se vê a cada dia mais isolado; as hostes fascistas, por outro lado, provocam a radicalização e buscam usar as forças de repressão contra o povo.

O fracasso do governo Bolsonaro em todos os setores da vida nacional fica a cada dia mais evidente. Sem qualquer plano econômico para tirar o Brasil da crise e ajudar a população,  unicamente interessado em garantir e aumentar o lucro dos banqueiros e monopólios, da sua própria família, e da quadrilha de milicianos que governa junto com ele, Bolsonaro conseguiu, em pouco mais de dois anos, tornar seu governo completamente inviável, ao mesmo tempo em que o país se desmoraliza em nível internacional pela defesa das posições mais ignorantes e reacionárias.

No dia 29 de março, a dois dias da data que marca o triste golpe militar de 1964, que implantou uma ditadura de mais de 20 anos no Brasil, responsável por torturas, desaparecimentos, assassinatos e estupros, inclusive de crianças, o governo Bolsonaro se esfacela com a saída dos ministros da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e de vários outros altos cargos comissionados.

As mudanças no alto escalão do governo apontam para dois sentidos principais que devem alertar os lutadores sociais nestes dias.  De um lado, Bolsonaro busca fortalecer seu acordo político com os setores mais corruptos dos partidos chamados de ‘centrão’, que querem tomar conta de cargos estratégicos para a prática de propina, como a secretária de educação básica do Ministério da Educação e a secretaria de articulação política, que negocia as emendas parlamentares, agora ocupada pela deputada Flávia Arruda do PL do Distrito Federal. De outro lado, Bolsonaro promove mudanças no comando do Exército (ministério da Defesa) e nos ministérios responsáveis pela defesa jurídica e as ações de segurança pública do governo (Ministério da Justiça e Advocacia Geral da União – AGU).

Especialmente as mudanças operadas no comando do Exército ainda não tiveram sua intenção totalmente revelada. Nos últimos dias, os principais representantes da ideologia fascista, como a deputada Bia Kicis e Eduardo Bolsonaro, realizaram ações provocativas estimulando o motim de policiais militares e ameaçando a decretação de estado de sítio.

Assim como ocorreu no primeiro semestre do ano passado, os fascistas encastelados no governo bolsonaro, ocupando milhares de cargos comissionados com gordos salários e sem nenhuma preocupação com os absurdos números de morte provocadas pelo novo coronavírus, estimulam o confronto social e desejam pôr fim às atuais liberdade democráticas. Dessa maneira, vão poder continuar aplicando seus planos de enriquecer vendendo as riquezas do país e aumentando a exploração sobre a maioria do povo, sem nenhum tipo de investigação ou direito à manifestação.

Frente a essa situação, é necessário se preparar para ocupar as ruas esta semana, especialmente nos dias 31 de março e 1 de abril, combatendo as intenções golpistas e denunciando a data que marca o golpe militar. O estado de alerta e a mobilização popular são as únicas formas de barrar os golpistas e impedir a representação fictícia de um apoio popular que esses genocidas nunca tiveram.

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