GIOVANNA DIAS E GABRIELLY NASCIMENTO
SÃO PAULO – Em meio ao pior cenário da pandemia da Covid-19 que estamos vivendo no país, com quase 2000 pessoas morrendo por dia e com a maior taxa de contágio, o hospital de campanha da cidade de Ribeirão Pires, no Grande ABC, está previsto para ser fechado no início de março por falta de recursos para mantê-lo. Com 35 pacientes internados, a estrutura tem 100% dos leitos ocupados de enfermaria e semi-intensivo. Um em cada quatro pacientes internados no hospital são residentes de outras cidades do entorno, como Mauá, Rio Grande da Serra e Suzano, que também possuem falta de leitos de UTI do SUS.
Por conta disso, o fechamento do hospital de campanha, um dos únicos restantes na região, afetará não apenas os moradores de Ribeirão Pires, mas também de outras cidades que necessitam do atendimento contra a Covid-19, que agora está mais contagiosa na segunda onda e afetando inclusive os mais jovens. A prefeitura procurou a Secretaria Estadual de Saúde que, em nota, afirmou não ter nenhum contrato vigente entre o governo do estado e o município de Ribeirão Pires. Enquanto isso, o Governo Federal não deu um prazo para a liberação da verba solicitada para custear 17 leitos de Suporte Ventilatório Pulmonar para o hospital de campanha.
Esse é o resultado da política genocida e criminosa feita pelo Governo Federal representado por Bolsonaro, que desde o começo da pandemia desestimulou o uso de máscaras e distanciamento social, além de fazer uma guerra contra as vacinas, deixando o povo à mercê da própria sorte. O governo estadual de São Paulo não fica atrás, pois é devido a falta de prioridade com a vida do povo e a priorização do lucro que não vão manter o hospital de campanha funcionando. Nesse sentido, é importante lutarmos para que esse hospital não feche, pois é a única estrutura pública da cidade que tem capacidade para atender os pacientes com Covid-19, além de desempenhar um papel fundamental para outras cidades. Não podemos mais aceitar esse descaso com as nossas vidas, por isso é preciso também lutar pelo Fora Bolsonaro e pela vacinação geral já!