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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Mulheres lutam pela permanência estudantil na UFABC

ORGANIZAÇÃO – Mulheres lutam para permanecer nas Universidades. (Foto: Jornal A Verdade) 

Larissa Mayumi

SÃO PAULO – Para continuar com suas atividades em um 2020 marcado pela pandemia da COVID-19 diversas universidades, como a UFABC, utilizaram o ensino à distância, o que trouxe diversos problemas aos estudantes. Somado às dificuldades do ensino remoto, houve o anúncio do corte de gastos de 18,2% do orçamento da educação pelo governo federal, ou seja, 4 bilhões sendo retirados do MEC; por esses motivos o final do ano foi marcado por mobilizações estudantis, em defesa da educação e pela permanência estudantil. 

Entendendo a dificuldade da permanência estudantil das mães, o Movimento de Mulheres Olga Benario realizou atividades importantes envolvendo as estudantes como a Plenária Estadual pela Permanência das Mães Estudantes, junto com o Movimento Correnteza e o Coletivo de Mães e Pais da UFABC, contando com participantes da USP, IFSP, UNIFESP, UFABC, FMABC e outras universidades.

Nesta plenária as estudantes debateram a situação das mães durante a pandemia, que tiveram jornada de trabalho aumentada com trabalho doméstico, trabalho remunerado, com as crianças 24h em casa devido ao fechamento das escolas e com as atividades da universidade que seguem remotamente. Ao final, foi aprovado um documento para ser apresentado às universidades exigindo políticas para a permanência das mães estudantes na universidade, como garantia do auxílio financeiro para as mães e pais de filhos menores de idade, suporte psicológico, garantia de creches e refeição gratuita para os filhos dos estudantes, além de atividades de solidariedade às mães.

Além da luta pela permanência das mães nas universidades, o movimento de mulheres seguiu mobilizando estudantes na UFABC, promovendo outra plenária de mulheres para debater os cortes na educação que impossibilitarão o funcionamento da universidade e também irão comprometer os programas de permanência estudantil.

As mulheres serão as mais afetadas com a sobrecarga da tripla jornada, com trabalho, cuidado da casa e dos filhos, somado às horas dedicadas ao estudo; sem assistência, será mais alto ainda o número de mulheres que precisarão abandonar seus estudos e sua pesquisa. Por isso, aprovamos diversas atividades para ampliar e organizar mais mulheres contra os cortes na educação.

Em 2021, como o dia mulheres abre o calendário de luta do ano, com o 8 de março, organizamos junto a outras entidades da UFABC uma semana repleta de atividades para as estudantes. Porém, entendendo que nossa organização deve seguir para além do dia das mulheres, seguimos junto a estudantes e professoras organizando a Frente de Mulheres da UFABC, para que possamos lutar em defesa da educação e da permanência das estudantes em nossas universidades.

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