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quinta-feira, 28 de março de 2024

Rapper Comuna lança clipe “Contradições” denunciando o sistema capitalista e apontando para o socialismo

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Redação Bahia

No dia 10 de outubro, o artista de hip-hop e militante da União da Juventude Rebelião (UJR), “Comuna” lançou o clipe da sua música “Contradições”. Com fortes críticas ao sistema capitalista e pautando a necessidade de se construir uma revolução socialista,  é possível ver inscrições nos muros. Mensagens revolucionárias como “PCR vive, luta e avança”, “morte a burguesia”, “abaixo o fascismo” e “fora Bolsonaro genocida” compõem o cenário do clipe.

O artista “Comuna” inicia a sua letra com uma crítica ao consumismo da sociedade capitalista. Os versos dizem “eu nunca quis bens ou mansões, corpos em promoções, bitcoins e cupons: de que valem se não temos pães, quando o sol se põe? Não permitem que você sonhe, querem que apanhe”.

E em seguida diz “eu sonho em construir revoluções, tô criando as condições para a insurreição em todas nações, e ainda me perguntam: quais são as minhas razões? É que eu cansei de receber rações!” numa referência ao internacionalismo proletário e apontando a necessidade de uma revolução socialista em todo o mundo. O artista também denunciou a exploração do homem pelo homem, quando diz que nosso povo está cansado de receber rações.

Comuna conclui a primeira parte da música com um verso que faz uma crítica ao reformismo e a política de conciliação de classes: “e é por isso que eu não acredito em conciliações, num sistema que nunca deu opções, só decepções, depressões e as contradições são erupções”.

Ao fim da primeira parte, o clipe fez uma importante denúncia à repressão realizada pela Polícia Militar da Bahia sob ordens do governador Rui Costa (PT) às famílias do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) quando, em julho, ocuparam a governadoria para reivindicar o seu direito à moradia.

O segundo verso da música se inicia com a frase “por isso eu não posso fazer uma arte vendida, nossa missão histórica exige disciplina”. Com isso, o artista reafirma a necessidade de uma arte revolucionária, comprometida com a revolução e que propagandeie o socialismo, em oposição a uma arte comercial, liberal e vendida, que serve aos interesses da burguesia.

Logo em seguida, Comuna faz uma crítica ao tráfico de drogas, mercado que movimenta bilhões de dólares que circulam em bancos privados de todo o mundo, alimentando o capital financeiro internacional. Também combateu o papel da imprensa burguesa em vender a ilusão de que usar droga seria algo libertador ou revolucionário, quando na verdade é um mercado que apenas enriquece a burguesia: “e são vários tão vendendo cocaína, os boy fazendo mídia e a mídia romantiza, mas um corpo jogado no seu bairro não é rotina.” No verso, fica evidente a quem interessa o consumo de drogas na sociedade capitalista e quem é o principal prejudicado com a criminalização das drogas: a juventude e a classe trabalhadora que sofrem, seja com o vício, com guerras de facção, violência policial ou com a vida do crime, que muitas vezes conduz à morte.

O rapper ressaltou que já que tudo produzimos, devemos ser de tudo, donas e donos. Também não deixou de combater o fascismo e de apontar para a necessidade de se destruir o imperialismo norte-americano, responsável por espoliar os povos de todo o mundo: “Vou destruir o imperialismo americano, somos donas e donos, um fascista morto é bônus, bombas e drones o planalto em chamas esse ano”.

No verso seguinte, Comuna diz “querem me taxar como terrorista, porque eu me armei de teoria leninista”, abordando a necessidade de estudarmos a teoria marxista-leninista, pois como disse Karl Marx “a teoria torna-se força material quando apropriada pelas massas.” O artista também teceu uma crítica à criminalização dos movimentos sociais e perseguição daqueles que lutam, muitas vezes acusados de terrorismo.

O rapper finalizou a música apontando a burguesia e as mídias da burguesia como nossas inimigas, sempre em busca de um “salvador” que aparecerá para resolver nossos problemas, quando na verdade, nenhum mudança pode vir de indivíduos ou “escolhidos”, mas sim do povo organizado em coletivos, nas suas bases, unidos em prol de uma revolução socialista: “Por isso que eu tenho como alvo a burguesia e as mídias que inventam sempre um novo messias. Eu escolhi o novo e não o velho que agoniza, por isso eu amo a liberdade e odeio a polícia”.

Comuna conclui com uma forte crítica à polícia militar e ao capitalismo, com uma referência teórica do materialismo histórico e o materialismo dialético e do revolucionário Josef Stalin que diz: “Veem que o velho sistema se defende violentamente, e, por isso, dizem à classe operária: Preparem-se para responder com violência à violência; façam todo o possível para impedir que a ordem agonizante os esmague, não permitam que lhes algemem as mãos, estas mesmas mãos que demolirão o sistema velho”.

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