UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

quinta-feira, 28 de março de 2024

Governo Bolsonaro quer impedir pobres de entrarem na Universidade

Leia também

EXCLUSÃO. O governo Bolsonaro dificulta o acesso dos pobres à universidade. (Foto: Reprodução)

Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro assinou uma medida provisória que altera as regras do ProUni. Com a nova MP, estudantes com bolsa parcial e também sem bolsa em escolas privadas poderão utilizar o programa, além disso, a comprovação de renda ou situação de deficiência não serão mais obrigatórias. 

Júlia Penteado

BRASIL No dia 7 de dezembro, o governo Bolsonaro aprovou a Medida Provisória 1075/21 que altera as regras do ProUni. Agora, estudantes com bolsa parcial e também sem bolsa em escolas privadas poderão utilizar o programa, além disso, a comprovação de renda ou situação de deficiência não são mais necessárias.

A iniciativa entra em vigor imediatamente, entretanto, algumas mudanças só irão valer a partir de julho de 2022. 

O ProUni (Programa Universidade para Todos) é um projeto de inclusão de estudantes de baixa renda no ensino superior promovido pelo ministério da educação, que disponibiliza bolsas de estudo para universidades privadas. A ação tem como objetivo principal reparar as desigualdades existentes no país, sejam elas de raça ou classe.

Para acessar a bolsa, o estudante deve ter cursado o ensino médio em colégio público ou em uma escola particular sendo bolsista integral. Mesmo que não cumpra a primeira norma, pessoas com deficiência têm direito de concorrer a uma bolsa pelo programa. Aqueles que possuem renda familiar de até 1,5 salário mínimo por pessoa, têm direito a 100% de bolsa e aqueles com renda de até 3 salários mínimos por pessoa, podem ganhar bolsa de 50%. 

A ampliação do ProUni representa um grande retrocesso no setor educacional, uma vez que permite o acesso gratuito de alunos e alunas que têm condições de pagar por uma faculdade privada, assim prejudicando a entrada de indivíduos pretos e pobres. 

A competição ficará cada vez mais injusta, visto que jovens da classe média e alta, têm muito mais oportunidades de ensino que aqueles que precisam do auxílio. Desse modo, as políticas de democratização social vão perdendo seu papel inclusivo e ganham o caráter excludente do governo atual.

O programa teve fundamental importância para universitários da camada mais vulnerável da população, que puderam ingressar em instituições de ensino superior. A verdade é que o governo fascista tenta de todos os modos destruir a educação pública brasileira e excluir ainda mais aqueles que já são socialmente excluídos, seja pelo corte de verbas, seja pela intervenção nos processos seletivos ou pela reforma do ensino médio.

More articles

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Últimos artigos