O neto de Joseph Stálin, Yevgeny Dzhugashvili, está processando um canal de TV russo por ter divulgado matéria onde se diz que Stálin teria autorizado o massacre conhecido historicamente como “O Massacre de Katyn”.
O canal “Channel One” transmitiu no dia 24 de outubro que Stálin e Béria¹ teriam dado o aval para o massacre de milhares de prisioneiros poloneses na cidade de Katyn, no ano de 1940. O massacre foi transcrito inicialmente por nazistas como fruto do “comunismo” e serviu de material anticomunista inicialmente utilizado por nazistas e posteriormente assimilado por capitalistas e trotskistas para atacar o socialismo soviético.
A história por trás da estória
O massacre aconteceu provavelmente no ano de 1939 pelo exército nazista quando da briga entre URSS e a Alemanha quanto a posse do território da Polônia.
Para reforçar a culpa de soviéticos e comunistas pelos crimes, o governo russo de Yeltsin, na década de 90, fabricou dezenas de documentos utilizando-se de carimbos e timbrados antigos. Tal farsa ganhou corpo e tornou-se pública com as denúncias feitas pelo deputado comunista russo Viktor Ilyukhin, no ano passado.
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Ilyukhin utilizou por várias vezes a palavra na Duma e apresentou os carimbos e timbrados usados para falsificação, entregues a ele por uma das pessoas que trabalhavam no grupo de falsificação. Inexplicavelmente, em março deste ano o deputado apareceu morto vítima de “ataque cardíaco”. Vários parlamentares ainda pedem a avaliação política do caso.
Notas
¹ Lavrentiy Pavlovich Béria: político russo, chefe da NKVD. Possivelmente seria eleito dirigente da URSS após a morte de Stálin. Contudo, foi perseguido e morto num complô que findou com a subida de Krushev ao poder e o revisionismo do socialismo russo.