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sábado, 21 de dezembro de 2024

A força da indignação popular

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Para garantir os lucros dos empresários, o prefeito de Teresina anunciou em dezembro um novo aumento, que entrou em vigor no dia 1° de janeiro passado. Em contrapartida, os estudantes também não ficaram parados e deram continuidade ao movimento contra o aumento, que desta vez tem sido duramente reprimido desde o primeiro dia de manifestação.

Surpreendendo os empresários e o prefeito Helmano Ferrer, mais de cinco mil estudantes foram às ruas durante uma semana, puxando palavras de ordem como “Helmano, eu não aguento, a R$2,10 eu vou andar é de jumento” e “Estudo, trabalho, dou duro o dia inteiro, Helmano anda de carro e ainda rouba o meu dinheiro” – mostrando sua indignação.

O estopim da repressão aconteceu no 9 de janeiro, quando cerca de 50 estudantes ocuparam pacificamente uma via da Avenida Frei Serafim, principal da cidade, e foram surpreendidos com a chegada de mais de 300 policiais militares, Rone, cavalaria, seguranças particulares e mais de 100 policiais do batalhão de choque – uma cena que nunca imaginaríamos ver na nossa tão amada cidade. O resultado foram estudantes presos e muitos feridos (um em estado grave).

Os teresinenses há mais de oito anos pagam por uma integração fantasma e contam com o serviço de uma frota de coletivos sucateada, com ônibus antigos e sem nenhum tipo de acessibilidade para idosos, deficientes visuais e cadeirantes. São poucas linhas e em algumas só há dois ônibus, fatos que acaba submetendo a população a intermináveis horas de espera.

Rayça Andrade, militante da UJR e diretora da Ames-Teresina

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1 COMENTÁRIO

  1. O que causa revolta é ser roubado e ainda ser reprimido quando se faz uma manifestação pacífica.O que se leva a pensar que esse prefeito traidor do povo de Terezina, tem muito conchavo com os empresários e que só Deus eles sabem o que rola por trás de tudo isso

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