Nos dirigimos à sociedade brasileira, autoridades civis e militares e operadores da segurança pública para expressar nossa preocupação com os desdobramentos da paralisação dos trabalhadores militares da Bahia.
Após anos de busca de diálogo e negociação, devido aos baixíssimos salários recebidos pela grande maioria da tropa – que entrega sua vida para fazer segurança pública à população – os policiais e bombeiros militares da Bahia chegaram à uma situação insustentável. O governo baiano, no entanto, fechou a porta para o diálogo e, em uma atitude unilateral, encerrou as negociações. Considerando a falta de diálogo, sobrou ao movimento dos policiais e bombeiros militares baianos o último recurso de luta dos trabalhadores.
O caso que se evidencia na Bahia não é isolado. Pelo país afora diversos movimentos de paralisação de policiais e bombeiros militares têm tomado conta do cenário político. Isso se deve porque a defasagem salarial dos policiais e bombeiros militares estaduais é grave. Recentemente, duas leis federais foram aprovadas para anistiar policiais e bombeiros militares punidos por participar de movimentos reivindicatórios.
Fazemos um apelo aos governos estadual e federal para evitar ações agressivas. Não vamos aceitar qualquer tipo de violência ou repressão aos trabalhadores militares da Bahia, quer seja pela Força Nacional de Segurança, quer seja pelas Forças Armadas. Também rechaçamos as prisões contra os dirigentes do movimento e a abertura de processos disciplinares e administrativos contra os policiais e bombeiros que participam do movimento.
Associação Nacional de Entidades Representativas de Praças Militares Estaduais (Anaspra)
Associação de Praças do Estado de Santa Catarina (Aprasc)
Associação dos Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (Aspramece)
Benevenuto Daciolo, SOS Bombeiros do Rio de Janeiro
Sindicato dos Servidores da Saúde do Estado de Santa Catarina (Sindsaúde)
Sindicato dos Empregados em Empresas de Processamento de Dados de Santa Catarina (Sindpd-SC)
Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de Santa Catarina (Sinjusc)
Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano Rodoviário, Turismo, Fretamento e Escolar de passageiros da região metropolitana de Florianópolis (Sintraturb)
Associação dos Cabos e Soldados do Rio Grande do Norte (ACSRN)
Deputado Estadual Sargento Amauri Soares (Santa Catarina)
Deputado Estadual Sargento Aragão (Tocantins)
Deputado Estadual Soldado Sampaio (Roraima)
Secretaria da Consulta Popular – Florianópolis
CCLCP – Corrente Comunista Luiz Carlos Prestes
Eu apoio a greve dos bombeiros, mas quanto aos policiais eu tenho dúvidar sobre me solidarizar ou não com a situação deles. Por que apoiar as reivindicações de um inimigo da classe (pois é isso que o policial militar é, nada mais do que um mantenedor do status quo). Eles são a espada com a qual a burguesia corta a nossa carne, por que deveríamos nos sentir incomodados quando essa espada apresenta sinais de ferrugem e de embotamento? Por que nos solidarizar com o sofrimento daqueles que são os verdadeiros agentes mantenedores da situação de classe atual e os lacaios e capachos mais servis da burguesia, seus verdadeiros agentes repressores? Fica a pergunta…
Eu me solidarizo sinceramente com a situação dos bombeiros, mas tenho dúvidar sobre me solidarizar ou não com a situação dos policiais. Por que apoiar as reivindicações de um inimigo da classe (pois é isso que o policial militar é, nada mais do que um mantenedor do status quo). Eles são a espada com a qual a burguesia corta a nossa carne, por que deveríamos nos sentir incomodados quando essa espada apresenta sinais de ferrugem e de embotamento? Por que nos solidarizar com o sofrimento daqueles que são os verdadeiros agentes mantenedores da situação de classe atual e os lacaios e capachos mais servis da burguesia, seus verdadeiros agentes repressores? Fica a pergunta…