Pobreza afeta 81 milhões de jovens na América

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A pobreza infantil prejudica quase 81 milhões de menores de 18 anos na América Latina e no Caribe, segundo um estudo da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

De acordo com a pesquisa da Cepal e do Unicef, existe uma grande heterogeneidade entre países como a Bolívia, El Salvador, Guatemala, Honduras e Peru, onde mais de dois terços das crianças são pobres.

Por outro lado, uma em cada cinco crianças é extremamente pobre na região, ou seja, mais de 32 milhões precisam os dados contidos no estudo “Pobreza infantil na América Latina e no Caribe”.

Outro dado importante é sobre o Brasil. São 22,7 milhões (38,8%) em situação de pobreza e 8,5 milhões (14,6%) em pobreza extrema.

O estudo aponta um dado que reflete a continuidade de um modelo perverso que massacra os povos indígenas e afrodescendentes: um em cada três indígenas e afrodescendentes vive na pobreza e dois em cada três na pobreza extrema. E ainda: em toda A região são 8,8 milhões que sofrem de desnutrição crônica.

Na pesquisa dos dois organismos internacionais se faz uma medição e diagnóstico da pobreza infantil, desde um enfoque de direitos na região, e se pretende propor recomendações de política pública para sua superação.

O estudo, aplicado entre 2008 e 2009, mediu múltiplas dimensões da pobreza infantil na América Latina e no Caribe, vinculando cada uma ao cumprimento da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, que entrou em vigor em 1989.

A sondagem levou em conta fatores como a nutrição, acesso à água potável, conexão a serviços de saneamento, a qualidade da habitação e o número de pessoas por quarto, assistência à escola e acesso a meios de comunicação e informação, cuja privação contribui para um quadro de pobreza e exclusão social.

Alex Feitosa, Natal