A ArcelorMittal, o maior grupo siderúrgico do mundo, com mais de 320 mil trabalhadores em mais de 60 países da Europa, África, Ásia e América, com fábricas em 27 países, mata seus trabalhadores com condições precárias de trabalho, falta de segurança e salários baixos.
Para lucrar cada vez mais com o suor da classe trabalhadora, a Arcelor vem a cada dia retirando os direitos dos empregados, num completo descaso com os metalúrgicos e com o sindicato que representa a categoria. A empresa fixou os turnos dos funcionários que trabalhavam em revezamento e cortou o acréscimo de 20% que eles recebiam nos salários. Além de fixar os turnos, também “elegeu” uma comissão de PLR sem consultar o sindicato (Sindicato dos Metalúrgicos de BH e Região). Totalmente arbitrária e contrária aos trabalhadores, a empresa ainda pressiona as categorias diferenciadas, como os engenheiros e economistas, a assinarem acordo de banco de horas.
Se não bastasse, demite trabalhadores perto de se aposentarem e com doenças profissionais (no total, mais de 600 demitidos) para contratar trabalhadores terceirizados com salários até 70% inferiores aos dos que são demitidos. A contradição é que, enquanto alguns poucos membros da administração recebem por ano uma PLR de R$ 500.000, os trabalhadores do chão de fábrica recebem um piso salarial de R$700!
Esses trabalhadores terceirizados entram sem nenhum preparo ou qualquer tipo de treinamento e ainda se deparam com um verdadeiro descaso por parte da ArcelorMittal, que não garante as condições mínimas de segurança para seus funcionários. Reflexo disso: somente este ano já morreram 19 trabalhadores e, no ano passado, as perdas chegaram a 23, por acidentes fatais!!!
Em resposta a esses abusos da ArcelorMittal contra a classe trabalhadora, o Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte e Região, juntamente com o Sindicato dos Metalúrgicos de Mário Campos, Brumadinho e Região, centrais sindicais e federações dos metalúrgicos, promoveu um ato em frente à empresa, localizada no bairro Cidade Industrial, em Contagem, para denunciar as condições precárias da empresa. Centenas de trabalhadores não entraram para trabalhar e participaram da assembleia, que só não foi maior porque a Polícia Militar levou um aparato repressivo gigantesco, com dois micro-ônibus e sete viaturas da Tropa de Choque para intimidar os trabalhadores!
Mas a luta não acabou. Os metalúrgicos vão continuar unidos, exigindo seus direitos e lutando contra a exploração da classe capitalista!
Leonardo Zegarra, presidente do SindMetal Mário Campos, Brumadinho e Região