No dia 29 de janeiro, centenas de pessoas se reuniram na Candelária, no Centro do Rio, para a manifestação contra o aumento das passagens. Organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL-RJ), Associação dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro (Aerj) e pela União da Juventude Rebelião (UJR), a manifestação seguiu em direção à Central do Brasil, principal estação de trem urbano da cidade.
Devido a provocações por parte da PM fluminense, o ato foi tenso desde o início, inclusive com a prisão de uma conhecida figura nos protestos do Rio de Janeiro, o “Batman”, que é um manifestante que sempre vai aos atos vestido como o super-herói dos quadrinhos. Mas, ao chegar à Central, nem a PM nem ninguém segurou a revolta do povo contra o aumento das passagens. Os trabalhadores presentes na estação no momento se recusaram a pagar o preço absurdo da tarifa do trem e pularam as catracas.
Esse ato demonstra, mais uma vez, a indignação do povo carioca contra o aumento nos transportes públicos. Mas, além disso, essa manifestação coloca em pauta a resistência dos trabalhadores e da juventude do Rio aos diversos ataques contra seus direitos. Hoje, no Rio, para todo lado que se olhe vemos um povo em luta, seja na Favela Mangueira, contra as remoções da Copa; na Uruguaiana, com os camelôs enfrentando diariamente a Guarda Municipal, que lhes impede de tirar seu sustento; ou mesmo nas universidades Gama Filho e UniverCidade, onde estudantes e trabalhadores lutam pela federalização dessas instituições em falência.
Juliana Alves e Felipe Annunziata, militantes da UJR