Cerca de 100 estudantes do Centro Universitário UNA, em Belo Horizonte, organizados pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), fizeram um ato em frente à instituição na Unidade Liberdade para protestar contra os cortes de verbas na educação e, consequentemente, com os problemas que estão afetando os estudantes que fazem parte do FIES, programa de iclusão financiado pelo governo federal. Os estudantes também criticaram o aumento das mensalidades praticados pela UNA, que ficou acima da inflação, e a falta de transparência e diálogo por pate da direção da universidade.
O problema vem ocorrendo desde o início do ano, quando foi anunciado um corte de verba de R$ 7 bilhões da educação, o que atingiu de forma direta as universidades públicas, e de forma indireta alunos das instituições privadas de ensino, principalmente, porque estabelece novas exigências e novas regras para aquisição do FIES. Um dos maiores problemas é que estão dificultando a manutenção dos contratos antigos e impedindo que novos sejam abertos. Para Marcílio Mendes, presidente do DCE, “os estudantes não podem pagar pelo ajuste que o governo vem promovendo para fazer superávit primário e desviar recursos do Orçamento da educação para beneficiar o sistema financeiro, em detrimento dos programas sociais.” Diante da situação atual Marcílio afirmou: “vamos continuar organizando as lutas em defesa da educação e dos nosso direitos.”
Uma das novas exigências para que as instituições possam permanecer com o FIES é que o valor da mensalidade não tenha aumentado mais do que a inflação (6,4%). O Centro Universitário UNA, como de costume, aumentou acima da inflação, sendo a média do aumento de 8,1%, ou seja, a instituição traz assim mais uma barreira para que os estudantes possam estudar com o FIES. Como saída para esse problema a instituição decidiu jogar a responsabilidade em cima do aluno, fazendo o aditamento no valor da inflação e cobrando dele a diferença que dá com a porcentagem de aumento.
Os estudantes cobram mais responsabilidade do governo federal com a educação e a redução do índice nas mensalidades por parte da instituição, cobrando assim um valor justo pelos cursos que ela oferece, pois neste embate entre governo e instituições privadas quem sai perdendo é apenas os estudantes.
Redação Minas Gerais