Aconteceu ontem (22) uma reunião histórica para o movimento estudantil da região metropolitana de Belo Horizonte.
Após cerca de dez anos sem ouvir a representação dos estudantes, a secretaria de estado de educação, com sua secretária Macaé e demais representantes, sentaram na tarde de quarta-feira com a AMES-BH e estudantes de diversas escolas para discutirem pautas da educação, da relevância do movimento estudantil e das dificuldades encontradas na gestão passada, caracterizada por um governo autoritário e sem dialogo nas pessoas de Aécio Neves e Antônio Anastásia, ambos do PSDB.
Na reunião, a AMES-BH colocou a sua visão e posição em relação ao ensino públicoestadual oferecido em BH E Região Metropolitana, ressaltando o sucateamento de praticamente todas as escolas, com a falta de itens básicos e essenciais, além da dificuldade de organização do movimento estudantil e dos estudantes em geral, que acontece por uma completa falta de democracia imposta pelas direções do colégio que são viciadas ainda em um governo autoritário e que não é aberto ao diálogo.
A AMES-BH reiterou ainda a necessidade do novo governo estadual do PT, de manter aberto o dialogo com os estudantes e garantir o cumprimento das leis que asseguram a livre organização dos mesmos, mantendo o mais longe possível supostas entidades que são conhecidas nacionalmente por usarem o movimento estudantil para financiar um projeto comercial de venda de carteira de estudantes.
Há de se repudiar ainda, o boicote feito pela diretoria majoritária da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas que sem convite, invadiu uma reunião marcada pela entidade metropolitana com a secretaria estadual de educação.
Mesmo ja tendo tido outras reuniões com a secretaria e não tendo convidado o movimento estudantil que representa os estudantes na região metropolitana, representantes da diretoria majoritária da ubes, usaram de oportunismo na apresentação de uma entidade combativa e de luta e que faz um trabalho massivo com os estudantes nas escolas, para se promoverem também como movimento estudantil.
Por fim, a AMES-BH encaminhou à secretaria alguns projetos e ofícios para serem avaliados e discutidos. Houve também o agendamento de futuras reuniões, com a garantia de ter um canal direto e democrático com a gestão da educação estadual.
A avaliação feita pelos estudantes e pela entidade é da grande importância e representatividade da reunião, que ainda que claro, não vá resolver de imediato o problema da educação, é ao menos um primeiro contato um pouco mais democrático do que a gestão passada do governo PSDB.
Além disso, o que fica mais claro a cada dia para os estudantes do Brasil, é que mesmo com os avanços na questão do dialogo, a nossa vitória se dará nas ruas e na luta.
É essencial reafirmamos o caráter combativo, livre e de luta da AMES-BH e dos estudantes e juventude que tem como marco de sua geração, a jornada de junho de 2013.
Avante juventude! E que cada vez mais, possamos construir uma educação digna e de qualidade em Minas Gerais e no Brasil.
João Maia é do grêmio do IEMG e militante da UJR