Dois coronéis do Exército, Francisco Jose Madeiro e Odilson Riquelme, dois tenentes, Gentil de Oliveira Cavalcanti e a ex-tenente Izabella Xavier Falcão Benetti, além de dois empresários foram condenados por atos de corrupção que duraram no mínimo três anos no Hospital Militar de Área do Recife.
O chefe da quadrilha era o coronel do Exército Francisco Jose Madeiro, que recebia propina de 10% sobre as compras feitas pelo hospital junto à empresa de Serviços de Quimioterapia de Pernambuco LTDA (Sequipe). O coronel, que recebeu indevidamente mais de R$ 245 mil, foi condenado pela Justiça Militar a 6 anos e 11 meses de reclusão, mas em regime semiaberto.
O esquema de corrupção no Exército foi confirmado por testemunhas e provas periciais. Nas contas dos condenados foram constatados depósitos de quase R$ 90 mil. Também cheques foram emitidos e depositados nas contas dos envolvidos.
Outro caso envolvendo militares do Exército foi a condenação do major Márcio Pires de Araújo, condenado a quatro anos e oito meses de prisão por peculato, por ter se aproveitado dos cargos que ocupou entre 2003 e 2005 para desviar 80 toneladas de alimentos do depósito do quartel de Santa Maria (RS). Foi confirmado que o major mandava subordinados entregarem os alimentos a um amigo, que os repassava ao comércio. No processo foi constatada a incompatibilidade da movimentação financeira da conta bancária do major do Exército brasileiro, já que o fluxo financeiro superava o dobro dos valores dos seus vencimentos. As informações estão na página do STM.
Não é de hoje que oficiais das Forças Armadas organizam esquemas de corrupção. Quando estavam no poder, durante o período da ditadura militar (1964 -1985), inúmeros casos de corrupção aconteceram, mas eram encobertos por meio de uma feroz repressão e da censura à imprensa.
Da Redação