O DCE gestão Todas as Vozes promoveu, em 23 de outubro, uma assembleia com mais de 200 estudantes da Universidade de Passo Fundo para denunciar e discutir o aumento das mensalidades. No ano passado, apesar da promessa de aumento de cerca de 6%, o ajuste foi de 9,8%. Agora, para 2017, a previsão é de mais um reajuste, de 5,8%, valor bem acima da inflação neste ano, prevista em 3,08% conforme o último relatório Focus do Banco Central.
Na assembleia, os alunos discutiram os gastos da instituição e a falta de investimento –
a universidade não conta com restaurante universitário ou casa de estudante. Após o debate, os estudantes fizeram uma passeata e trancaram o tráfego dentro da Universidade entoando cantos como “Estudante na rua, reitoria a culpa é tua!” e “Não vai ter aumento!”.
Além da assembleia geral, outras unidades também realizaram assembleias, como o IFCH (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas) e o ICB (Instituto de Ciências Biológicas). Apesar dos aumentos que ocorrem sucessivamente a cada ano, esses valores não são revertidos em melhorias para o estudante e nem em condições de permanência estudantil. A votação do aumento ocorreria no Conselho Universitário em 24 de outubro, mas foi adiada, o que aumentou a mobilização dos estudantes. Seis dias depois, o DCE realizou um festival cultural com várias bandas locais, como Dezert Sons e Los Marias, seguido de uma vigília contra o aumento das mensalidades.
O DCE gestão Todas as Vozes juntamente com os estudantes da UPF estão
deixando claro que não vão aceitar sem luta que esse aumento ocorra. Educação não se vende, se defende!
Amanda Bitencourt
Tesoureira do DCE UPF e Militante do Movimento Correnteza