No dia 14 de julho, os trabalhadores e trabalhadoras do sistema de educação do Município de Montes Claros fundaram o seu sindicato, o Sind-Educamoc. A assembleia se realizou na antiga Câmara Municipal e contou com a presença de várias professoras e professores e demais trabalhadores da educação, além de movimentos sociais como o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e o DCE da Universidade Estadual UniMontes. O objetivo era claro, fazer nascer da luta, uma nova entidade sindical que dê conta dos desafios que esta categoria tem pela frente.
Com a fundação do sindicato, a categoria aprovou também sua vontade de se desassociar do sindicato dos servidores públicos municipais. Fundado há de 28 anos, este sindicato restringia a filiação dos trabalhadores e trabalhadoras, chegando ao cúmulo de, em uma base com cerca de oito mil profissionais, existiram apenas 196 filiados. Como se não bastasse, durante todo esse período, a diretoria do sindicato (que permanece a mesma desde a fundação), não dirigiu nenhuma paralisação, nenhuma greve. Isso acontecendo mesmo quando o ex-prefeito Tadeu Leite foi acusado de desviar dinheiro de merenda escolar, mesmo quando a corrupção da Prefeitura de Rui Muniz foi escancarada para todo o Brasil e mesmo quando prefeitos acabaram com a progressão da carreira no município. Por essas e outras, essa categoria merece mais.
A assembleia aprovou também a vontade da categoria de que o sindicato se filie à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Com esta vitoriosa assembleia, o primeiro passo para a realização das lutas e conquistas da categoria foi dado. O Sind-Educamoc nasce para organizar as trabalhadoras e trabalhadores para as conquistas tão necessárias à categoria. Uma importante luta política é a participação das mulheres nesse processo de lutas: numa diretoria com 24 pessoas, 18 são mulheres, incluindo a presidência, vice, tesouraria e secretaria geral.
Entendendo a necessidade desta entidade sindical, o Movimento Luta de Classes (MLC) se colocou ombro a ombro com as trabalhadoras e trabalhadores da educação de Montes Claros. Um dos caminhos para derrotar o golpe que os banqueiros e Temer deram em nosso país é construir um movimento sindical combativo. Para isso, devemos combater o imobilismo do movimento, construindo um caminho de lutas consequente e revolucionário.
Renato Campos, Coordenação Nacional do MLC