O Movimento Luta de Classes (MLC) participou de uma paralisação dos servidores técnico-administrativos do campus II do Cefet-MG (Unidade Belo Horizonte), no dia 11 de outubro. Mesmo em meio ao recesso escolar da instituição, cerca de 50% da categoria aderiu à ação.
Com a exigência de trabalharem normalmente quando havia raríssima ou nenhuma demanda de alunos, professores e comunidade externa, os servidores decidiram protestar contra a falta de isonomia dentro da instituição, que não dialoga com a categoria, já que aos docentes foram concedidas férias.
Não bastassem os problemas internos, também órgãos de controle da União estão questionando de maneira inquisitiva o expediente administrativo da escola, intimidando as chefias imediatas. Para piorar, o Governo Federal baixou, há algumas semanas, o Decreto 9.507/18, que permite a terceirização no serviço público, o que deve afetar a categoria e até impedir a abertura de novos concursos.
Estes são alguns dos reflexos visíveis da Emenda Constitucional 95, cujo real objetivo é acabar com o serviço público no Brasil. A falta de diálogo e o desrespeito com que vêm sendo tratados os servidores é também reflexo da fascistização do Estado, que quer submeter o trabalhador à política “linha-dura” e impor a todo custo sua política de superexploração.
O Movimento Luta de Classes defende a reestatização das empresas privatizadas e a abertura de mais concursos públicos, cujas relações de trabalho são menos predatórias. O MLC defende ainda a jornada universal de seis horas diárias, tanto para servidores públicos quanto para contratados.
É preciso lutar contra o Estado mínimo, que propõe esmagar os trabalhadores para enriquecer os oligopólios. É necessário aumentar a organização regional e nacional contra os ataques de quaisquer poderes que não estejam do lado do trabalhador.
Helena Nara, servidora do Cefet/MG e coordenadora do MLC