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Por Nathália Alcáçova
Duque de Caxias (RJ)
Duque de Caxias é um dos maiores e mais ricos municípios do Estado do Rio de Janeiro. Localizado na Baixada Fluminense, o município tinha o segundo maior PIB do estado em 2017, graças a uma das maiores refinarias do Brasil, a REDUC, que gera mais de 3 bilhões de reais por ano em receitas. Apesar de toda essa riqueza que poderia ser distribuída em saúde, educação e saneamento básico, por exemplo, a cidade tem um dos menores IDHs do Brasil e bate recordes nas taxas de violência a cada ano.
Em meio à crise do novo coronavírus, o atual prefeito Washington Reis (PMDB), diversas vezes investigado por esquemas de corrupção, mas nunca preso, mostra mais uma vez a incompetência de seu governo.
Seguindo os passos do fascista Jair Bolsonaro, o prefeito contrariou as normas de isolamento social da Organização Mundial da Saúde e demorou a fechar o comércio da cidade, colocando a população em risco.
Como se debochasse da cara da população caxiense, Washington Reis chegou a aparecer em um vídeo de uma pastora aos beijos e abraços falando que não fecharia as igrejas da cidade, pois a cura para essa doença que vem matando tantas pessoas sairia dessas mesmas igrejas.
O prefeito pagou por suas palavras e, em menos de um mês depois, contraiu o vírus e está internado em um hospital particular no bairro de Botafogo, localizado na zona sul, uma das áreas mais caras da cidade do Rio de Janeiro. Ora, se o mesmo diz que investe tanto na saúde, por que não faz seu tratamento em um hospital público na cidade na qual é prefeito?
A realidade é que Duque de Caxias é hoje a segunda cidade do estado com mais casos de morte e a população se encontra refém da falta de leitos nos hospitais, produtos de higiene e conscientização sobre os males do vírus e formas de se prevenir do contágio.
Diante disso, torna-se cada vez mais necessário defender o poder popular na cidade, que de fato represente um povo que tanto produz riquezas mas que ainda enfrenta filas imensas em escolas e hospitais, altos preços nos transportes públicos e violência.