O momento da campanha eleitoral vai muito além da disputa pela quantidade de votos que serão registrados no próximo domingo. Nas bairros, vilas, favelas e ocupações das cidades brasileiras, assim como nos locais de trabalho, as eleições impulsionam o debate político, a tomada de posições e a reflexão sobre os rumos do país, em um contexto de profunda crise econômica.
É evidente que, debaixo da hegemonia liberal, o debate político é desfavorável para a ideologia da classe trabalhadora. Há personalismo em excesso, abuso do poder econômico, carreirismo e cretinismo parlamentar atuando para enganar os setores populares e desarticular a luta organizada. A ofensiva da ideologia dos capitalistas apenas reforça a necessidade da presença da esquerda revolucionária próxima aos setores populares também durante o período eleitoral.
O saldo mais importante desse período ativo de campanha não pode ser outro se não a organização da luta social em um patamar superior. Os novas lideranças políticas alçadas durante esse processo eleitoral precisam colocar toda a visibilidade e ampliação discursiva que acumularam a serviço dessa luta, da organizações de mobilizações sociais, greves e ocupações.
É sem dúvidas que o fortalecimento da Unidade Popular – UP como nova ferramenta de luta da classe trabalhadora é o saldo mais importante das eleições de 2020. Organizar os milhares que se aproximaram do nosso programa, dando para cada novo militante e filiado um posto de luta na frente social, aprofundando a formação política e a combatividade militante é a tarefa do próximo período.
Da Redação, São Paulo