A violência contra a mulher no capitalismo

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VIOLÊNCIA. A mulher trabalhadora é oprimida. Foto: Mídia Ninja

Ainda hoje o feminicídio está presente na sociedade e, no Brasil, aumentam os casos a cada dia. A violência física e sexual é enraizada na vida das mulheres dentro do sistema capitalista.

Julia Linhares, Rio de Janeiro


MULHERES Não é interesse do capitalismo proteger as mulheres. As que vivem sob esse sistema econômico são apenas uma mão de obra barata. Além disso, muitas são exploradas com duplas jornadas de trabalho não remunerado como donas de casa. 

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foram 1.350 vidas de mulheres perdidas apenas em 2020. Ou seja, uma mulher foi vítima de feminicídio a cada 6,5 horas no país. 

Deve-se ressaltar que os casos não são todos notificados, por conta do medo de ameaças do agressor. Portanto, é ainda maior o número de agressões.

A verdade é que para a burguesia, tanto faz uma mulher a mais ou a menos. Elas são constantemente vítimas de violência física e mental.

Gênero, raça e classe

A mulher é colocada como inferior, e não tem seus direitos respeitados. No sistema de produção de mercadorias, recebem salários menores que os homens. 

Também o racismo, atrelado ao machismo, faz com que a atitude de agredir corpos femininos seja normalizada na sociedade. Fruto da escravidão que assolou os povos negros, a mulher negra e pobre enfrenta varias formas de opressoes em sua vida.

Essa questão tem um peso fundamental na América Latina. Não à toa, no dia 25 de novembro, foi criado o Dia Nacional de luta contra a Violência à mulher. A convocação foi iniciada pelo movimento feminista latinoamericano em 1981, que marcou a data do assassinato das irmãs de luta Mirabal, na República Dominicana.

As políticas públicas para encerrar de vez com o abuso contra a mulher devem ser exigidas por todos comprometidos com a humanidade. Já chega de tanto descaso, as mulheres devem se unir para extinguir esse sistema capitalista que nos mata todos os dias!