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terça-feira, 16 de julho de 2024

Enfermagem garante piso nacional da categoria

No ultimo dia 04 de maio, foi aprovado na Câmara de Deputados o PL 2564/2020 que garante o piso nacional da categoria da Enfermagem. A caminhada até esta importante vitória foi marcada por muita mobilização, organização da categoria, fortalecimento e unidade sindical, garantindo assim a conquista do piso salarial nacional.

Camila Falcão/Redação PE


Saúde – No último dia 4 de maio, foi aprovado na Câmara de Deputados o PL 2564/2020 que garante o piso nacional da categoria da Enfermagem. A caminhada até esta importante vitória foi marcada por muita mobilização, organização da categoria, fortalecimento e unidade sindical, garantindo assim a conquista do piso salarial nacional. Na ocasião, uma delegação do Sindicato dos Enfermeiros Estado de Pernambuco (SEEPE), marcou presença em Brasília para acompanhar e pressionar Deputados e Deputadas a colocarem em pauta a votação e sua aprovação. Em Pernambuco, em todas as regiões do Estado foram montados palcos para acompanhar a votação tão esperada e desejada pela categoria. 

Desde 2020, as mobilizações pela aprovação do PL se intensificaram nacionalmente. Com a pandemia de COVID-19 e o trabalho decisivo de profissionais da enfermagem que arriscaram e continuam arriscando a vida para salvar milhões de brasileiros, ficou mais nítida a desvalorização imposta pelos governos nas esferas federal, estadual e municipal. No setor privado da saúde, que a cada ano lucra bilhões de reais, a investida contra o PL do piso foi gigante. Ressaltamos que no setor privado, além dos péssimos salários, os assédios morais são uma constante. 

Ser contra o piso é só mais uma forma de garantir a exploração da categoria. O PL estabeleceu os seguintes valores: R$ 4.750,00 para enfermeiras e enfermeiros, R$ 3,325,00 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375,00 para auxiliares de enfermagem e parteiras. Mesmo estando na linha de frente, estendendo plantões e trabalhando em péssimas condições, sem material de segurança adequado, tendo de lidar com a dor e sofrimento de familiares, esses profissionais tiveram seus direitos retirados ao longo dos anos. 

Em Pernambuco, um auxiliar de enfermagem recebe menos de um salário mínimo. O trabalho é realizado em estruturas precárias onde se coloca em perigo a própria vida e a dos pacientes. Todo esse cenário foi base para as grandes mobilizações, paralisações e passeatas dirigidas pelo Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco (SEEPE) e pelo Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (SATENPE). 

Diretoras do SEEPE. Foto: Emanuele Rodrigues

A luta não se restringia apenas ao piso salarial. A denúncia da precarização da saúde e o quanto isso afeta os mais pobres, a maioria da nossa população, bem como a valorização e defesa do SUS sempre estiveram presentes. O papel fundamental que os sindicatos tiveram em toda trajetória dessa luta deixa evidente qual tipo de sindicato interessa aos trabalhadores. 

Agora a batalha é para que o Executivo sancione a lei do piso nacional e que os governantes nas esferas locais cumpram a lei. Assim como a luta foi exemplo e garantiu a vitória, não tenhamos dúvida que a força da classe trabalhadora conseguirá tornar esta lei uma realidade.

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