Capitalismo desumaniza e oprime a juventude

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A crueldade do sistema capitalista, que coloca o lucro acima da vida, faz com que jovens sejam constantemente desvalorizados e julgados na sociedade.

Pedro Cauã Medeiros, Cabo Frio (RJ)


JUVENTUDE “Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética”, disse Che Guevara, guerrilheiro heroico que libertou Cuba da exploração, referindo-se ao ardor da juventude e o papel significativo que desempenha durante os processos revolucionários. 

Entretanto, o sistema capitalista, através de seus ideólogos burgueses, faz de tudo para afastar os jovens da ideologia revolucionária.

O capitalismo é responsável por uma enxurrada de pensamentos negativos e frustrações gerais que só são possíveis de serem sentidas quando existe a propriedade privada dos meios de produção. O lazer, cultura e a vida dos jovens pouco importa em um mundo onde vender a sua força de trabalho para colocar o pão na mesa é a principal função de jovens pobres.

Inúmeras dificuldades impedem os jovens de possuir uma vida de qualidade na sociedade. Os jovens são os principais atingidos pelo desemprego. Nas periferias dos centros urbanos, jovens negros e pobres são os que mais sofrem com a violência policial e o encarceramento em massa.

Ao crescer, os jovens são negligenciados, afinal “alguém dessa idade não pode opinar”. Também devem “parar de chorar por bobeira”, pois expressar os próprios sentimentos é negativo. Ora, um dos princípios fundamentais do capitalismo é o individualismo. Ou seja, a premissa de que é preciso pensar em si mesmo antes de pensar no próximo. Dessa forma, jovens são criados com tapas e gritos, os deixando ainda mais fragilizados em momentos que precisam ser abraçados. 

Juventude é alienada pela burguesia

Jovens não são, na maioria das vezes, vistos como criaturas pensantes na sociedade. É algo constante. Os jovens estão preocupados com um futuro incerto graças a um sistema injusto durante toda a sua vida. A pressão escolar e social se misturam com a dificuldade da mudança corporal e com o processo de autoconhecimento.

A realidade de miséria, fome e opressão existente faz com que os jovens não se sintam pertencentes à sociedade. Assim, tudo gira em torno da exploração cotidiana de suas vidas. Se não estiver empregado aos vinte anos, ou caso não tenha passado no injusto e ultrapassado vestibular, que serve como um funil social que impede jovens proletários de ingressarem na universidade, já pode se considerar um fracasso.  

Todos esses fatores fazem com que os jovens tenham cada vez menos vontade de ser jovens. Acolher aqueles que mais precisam de apoio na fase de formação de personalidade e caráter é de extrema necessidade. 

Decisões e opiniões são importantes em qualquer idade. Expressar-se é um direito, por mais que isso não seja garantido à juventude pobre dos países capitalistas. Nunca se é jovem demais para lutar e estudar sobre política.

Roubar a infância e a adolescência é uma forma de alienar os futuros trabalhadores e transformar pessoas na próxima geração que possui mão de obra explorada. É preciso defender a juventude, que será a criadora do mundo futuro, em que não haverá exploração do homem pelo homem: a sociedade socialista.