Seja em fábricas, escolas, comunidades rurais, bairros urbanos ou qualquer outro ambiente, é fundamental que o núcleo esteja atento às particularidades e demandas específicas de cada local.
Guilherme Zerbinatti | São Paulo
BRASIL – O núcleo do partido desempenha um papel de suma importância no trabalho de conhecer a realidade das massas, suas necessidades, aspirações e dificuldades, visando a construir um trabalho político efetivo. No contexto brasileiro, onde as desigualdades sociais são gritantes, é essencial que o núcleo esteja presente em diversos setores da sociedade, compreendendo as circunstâncias políticas locais e adotando os métodos de trabalho adequados a cada realidade.
Seja em fábricas, escolas, comunidades rurais, bairros urbanos ou qualquer outro ambiente, é fundamental que o núcleo esteja atento às particularidades e demandas específicas de cada local. Através do engajamento direto com as massas, podemos entender suas necessidades reais e, a partir disso, traçar estratégias eficazes de transformação social.
No capitalismo, onde as desigualdades e as injustiças são persistentes, é necessário ter a consciência de que nossa militância não pode ser restrita a momentos específicos ou espaços isolados. É imprescindível que cada militante se dedique plenamente à construção e fortalecimento do núcleo. Ir além das atividades formais, como reuniões e pagamento de cotas, é vital para compreender as nuances da realidade das massas e aplicar, de forma efetiva, as políticas do partido. É fundamental que a luta pelo avanço das condições de vida das massas deve ser incorporada em nossas ações diárias, nas relações pessoais, no trabalho, nos estudos e em todas as esferas da sociedade em que nos inserimos.
O núcleo é o elo direto entre o partido e as massas, um espaço onde os militantes se organizam, debatem e agem em prol das demandas populares. Somente por meio desse trabalho cotidiano, atento às necessidades reais das pessoas, é possível estabelecer um diálogo genuíno com as massas e conquistar avanços significativos na luta por uma sociedade socialista.
O núcleo é agente basilar na luta política socialista em diversas frentes, como a luta pela moradia, a luta sindical, o movimento de mulheres, a luta contra o racismo e o fascismo e o envolvimento com a juventude.
Na luta por moradia, compreendemos que a propriedade privada é a principal causa das desigualdades sociais e do déficit habitacional. Milhões de brasileiros vivem em condições precárias, enquanto a elite desfruta de privilégios imensuráveis. O núcleo assume a responsabilidade de liderar e apoiar a luta pela moradia, organizando ocupações, mobilizações e pressionando por políticas públicas que garantam o direito universal à habitação.
Na esfera sindical, a luta dos trabalhadores é fundamental para reverter a exploração capitalista. O núcleo se engaja na luta sindical revolucionária, buscando conscientizar os trabalhadores sobre a natureza exploradora do sistema capitalista. Por meio da formação política e da organização coletiva, o núcleo estimula a participação ativa dos trabalhadores nas negociações coletivas, nas greves e nas lutas por melhores condições de trabalho. Acreditamos na solidariedade de classe e na união dos trabalhadores como uma forma efetiva de resistir à opressão capitalista e alcançar conquistas significativas.
No movimento de mulheres, o núcleo se engaja ativamente na luta pela igualdade de gênero, pelo fim da violência contra as mulheres e pelo acesso pleno aos direitos. Por meio da conscientização, da mobilização e do apoio às demandas do movimento de mulheres, buscamos transformar as estruturas sociais que perpetuam a desigualdade e a opressão de gênero.
Na luta antirracista, entendemos que o racismo é um mecanismo de opressão que perpetua a desigualdade e a injustiça social. O núcleo está comprometido em combater o racismo em todas as suas manifestações, seja nas estruturas institucionais, nas relações interpessoais ou nas políticas públicas. Por meio de ações antirracistas, conscientização e mobilização, o núcleo desempenha um papel fundamental no levantamento da questão racial e na luta pela igualdade e justiça racial.
Além disso, o combate ao fascismo é uma prioridade para o núcleo comunista. O núcleo se engaja ativamente na denúncia de discursos de ódio, na mobilização contra grupos fascistas e na construção de amplas alianças para resistir e derrotar essa ideologia perniciosa. Reconhecemos que a luta contra o fascismo é uma luta contra a escravização dos povos e pela emancipação das classes oprimidas.
Os jovens também são agentes de mudança e têm um papel fundamental na construção de uma sociedade justa e igualitária. O núcleo busca envolver e empoderar os jovens por meio de espaços de diálogo, formação política e atividades culturais. Buscamos despertar a consciência crítica dos jovens e mobilizá-los para a transformação social, fornecendo-lhes ferramentas para questionar as estruturas de poder existentes e participar ativamente na construção de um futuro socialista.
Em todas essas frentes, o núcleo comunista desempenha um papel ativo e estratégico na luta contra o capitalismo. Através da organização coletiva, do engajamento político e da solidariedade de classe, o núcleo busca criar as condições para a emancipação das massas e a construção de uma sociedade socialista.
Ao conhecer a realidade das massas, estamos habilitados a levar adiante a agitação e a propaganda políticas, organizar as lutas diárias e direcionar as demandas populares de maneira flexível e eficaz. Somente assim poderemos estabelecer um contato profundo e genuíno com as massas, estando ao lado delas em suas batalhas cotidianas e sendo uma voz coerente em defesa de seus interesses. O núcleo é a base sólida, enraizada nas massas, que impulsiona a luta dos trabalhadores e pela emancipação das classes oprimidas.
Portanto, somos os militantes que se envolvem, se informam, se organizam e se solidarizam com as lutas populares. Por meio do núcleo, somos agentes centrais na tarefa de construir a transformação social radical que o Brasil necessita, o poder popular e o socialismo.
Matéria publicada na edição nº 274 do Jornal A Verdade.