UJR realiza 2ª Conferência Nacional do Trabalho de Massas

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Victor Davidovich | São Paulo


JUVENTUDE – Entre os dias 25 e 27 de agosto, a União da Juventude Rebelião (UJR) realizou, em São Paulo, sua 2ª Conferência Nacional do Trabalho de Massas, que reuniu os principais quadros da organização para debater as tarefas dos comunistas revolucionários no movimento estudantil.

A Conferência ocorre meses após a derrota eleitoral do fascista Bolsonaro, que só foi possível devido à luta da juventude e dos trabalhadores, que tomaram as ruas em diversas ocasiões contra o governo da morte e da fome do ex-capitão. “Derrotamos o fascismo para ter um país mais democrático e para poder conquistar mais para o povo pobre. Se temos um governo que se elegeu prometendo fazer diferente, precisamos cobrar e arrancar vitórias para a educação e todas áreas sociais, depois de anos de destruição do país por Bolsonaro e seus aliados”, disse Evandro José, militante da UJR e membro da executiva nacional da Ubes.

Com muita unidade e coesão política, os participantes debateram a fundo a necessidade de superar a influência do reformismo a frente das entidades estudantis, aumentar a ligação da UJR com o conjunto da juventude, politizar ainda mais nossa atuação política no movimento e recrutar milhares de jovens para as fileiras da revolução. Para isso, foi fundamental o estudo do livro “Sobre o Movimento Estudantil”, cuja terceira edição foi recentemente publicada. “Esse livro é um verdadeiro manual para toda a militância, pois apresenta as principais questões que devem ser desenvolvidas no dia a dia para que o movimento estudantil cumpra seu papel de desgastar o capitalismo e forjar quadros para a revolução”, explicou Adriane Nunes, coordenadora da Fenet.

De fato, um dos maiores desafios colocados para nossa organização atualmente é retomar para as lutas as entidades da juventude e da classe trabalhadora, em especial a UNE, a Ubes e os sindicatos, que hoje estão nas mãos de oportunistas, que buscam cargos e enriquecimento, ou de forças políticas que pregam a conciliação de classes. A Conferência deixou claro que o caminho é outro: lutar mais e mais, aprofundar a disputa de ideias na sociedade e a ligação do PCR com o povo. “Somente a força da unidade da classe trabalhadora, da juventude, das mulheres, dos negros, enfim, de todos os explorados e oprimidos, é capaz de enfrentar o poder dos grandes capitalistas que dominam a economia do Brasil e construir uma sociedade sem fome e desemprego, o socialismo”, afirmou Isis Mustafa, 1ª vice-presidente da UNE.

O último dia da atividade foi dedicado ao balanço do trabalho da UJR no movimento estudantil secundarista e universitário, bem como das tarefas da juventude de apoiar a crescimento do Partido na classe operária, o fortalecimento do jornal A Verdade e a autossustentação de todo nosso trabalho revolucionário.

Para Katerine Oliveira, da coordenação nacional da UJR, “a realização da 2ª Conferência Nacional do Trabalho de Massas foi um marco no processo de desenvolvimento da UJR. Agora, toda nossa militância precisa aumentar sua dedicação e disciplina no cumprimento das novas tarefas, aprofundar sua formação política e a relação com as massas. Essa é a melhor homenagem que podemos prestar aos heróis do nosso Partido e é o caminho para vencermos”.

Matéria publicada na edição nº 278 do Jornal A Verdade.