Redação PB
Há alguns meses, a Associação Paraibana dos Estudantes Secundaristas (Apes) deu início a uma importante campanha de formação de grêmios nas escolas. Hoje, a Apes conta com mais de 14 grêmios em sua base, além das comissões pró-grêmio em desenvolvimento graças ao grande envolvimento dos estudantes que constroem a entidade.
“Nós, estudantes, sabemos mais do que ninguém o que passamos. E, para além disso, temos uma capacidade de mobilização e organização gigantesca”, afirma Vinícius Brainer, estudante do IEP e recém-eleito presidente do Grêmio João Pedro Teixeira, além de diretor da Apes.
A organização dos estudantes faz diferença também no dia a dia, como, por exemplo, na Escola Cônego Mangabeira, cuja biblioteca estava abandonada há muitos anos, e o grêmio, sem apoio da gestão, realizou um mutirão de limpeza.
Por outro lado, as mobilizações de rua mostram que a organização estudantil é capaz de arrancar conquistas, como no Liceu Paraibano. “Conseguimos pôr na mesa do secretário da Educação a questão da merenda da escola e, em uma semana, a merenda melhorou bastante”, relata o estudante Trajano.
Estes e muitos outros exemplos de conquistas em todo o país mostram que a juventude tem na organização em suas escolas um instrumento de mudança, por uma melhor estrutura nas salas de aula, por mais democracia no ambiente escolar e por uma escola livre de violências, que garanta educação com qualidade e segurança.
“Agora, o desafio é organizar mais grêmios em várias cidades, com gestões eleitas, promover espaços de discussão sobre a realidade do Brasil, atividades culturais e esportivas, imprimir e distribuir os jornais da Apes e organizar cada vez a revolta para transformar a nossa realidade”, finaliza Vinícius.
Matéria publicada na edição nº 282 do Jornal A Verdade
