Rede explora o Brasil há 47 anos e é recordista em crimes de racismo no Brasil.
Redação
BRASIL – “A guerra é boa para os negócios”. A frase foi dita no início do mês de outubro, por um empresário do setor de armamento, exatamente quando o Exército israelense começava a devastar a Faixa de Gaza com bombardeios pesados sobre hospitais e bairros populosos de Gaza, assassinando mais de 15 mil palestinos, sendo mais de 6 mil crianças e 4 mil mulheres.
Os financiamentos ao fascismo israelense se dão por meio de governos, como os EUA, e de acordos internacionais de proteção aos avanços de Israel sobre o território da Palestina ocupada. Mas o poderio de Israel também tem o apoio direto de grupos da elite capitalista que controlam marcas globais, explorando mercados em países pobres, praticando a superexploração dos trabalhadores e, literalmente, matando os pequenos comércios locais nas cidades.
A Rede Carrefour – de origem francesa – possui diversas ocorrências racistas e até o revoltante assassinato de um João Alberto Freitas por seguranças dentro de uma loja em Rio Grande do Sul. Fez propaganda nas redes digitais logo no começo dos ataques de Israel em outubro, anunciando que estava doando milhares de suplementos aos soldados israelenses e que se tratava “apenas de um início”. Ainda afirmou ter “orgulho” em preparar as bolsas de alimentos para os soldados do Exército de Israel.
Enquanto a solidariedade do Carrefour ia para os soldados bem alimentados de Israel, a população civil palestina estava e ainda se encontra em condições desumanas e desesperadoras diante de milhares de mortos com hospitais bombardeados e o gesto criminoso de Israel em cortar o fornecimento da água, da energia elétrica, da entrada de alimentos e a proibição de um corredor humanitário para os feridos, sonegando a entrada de remédios e sinal de internet.
O gesto, que poderia até parecer solidariedade do Carrefour, tem outras explicações. O Carrefour faz parte de um grupo de mais de cem empresas que estão instaladas ou estão se instalando ilegalmente em terras palestinas ocupadas por Israel para lucrar ainda mais com o apartheid e o genocídio.
Cúmplice direto do genocídio e do massacre em Gaza, o Carrefour está associado a empresas como a Consumer Products e Yenot Bitan’s. Estas duas empresas constam na lista de multinacionais que apoiam a ocupação ilegal da Palestina ou que mantém acordos com o Governo de Israel. Desse grupo de 112 companhias, 94 são israelenses, mas 18 destas empresas são dos Estados Unidos, Reino Unido, Luxemburgo, Holanda, Tailândia e França.
No Brasil e em diversos países, o Carrefour consta na lista de empresas boicotadas por ser cúmplice do genocídio e do governo colonialista e de apartheid de Israel. O movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) serviu também de denúncia sobre a parceria entre Carrefour e as empresas israelenses e despertou manifestações em diferentes países, principalmente no mundo árabe.
O Carrefour explora o Brasil há 47 anos e tem 1.200 lojas espalhadas pelo país. O lucro líquido nos primeiros quatro meses de 2022 foi de R$ 550 milhões.
Parte deste lucro financia a máquina de extermínio sionista alimentando homens e mulheres para que tenham forças e carreguem as armas que assassinam crianças, mulheres e homens na Palestina.
Matéria publicada na edição nº284 do Jornal A Verdade.