Welfesom Alves | Belém (PA)
O que pode desenvolver mais uma organização do que o investimento nas lutas cotidianas e na formação política? Mikail Kalinin, durante seu informe pronunciado no Ativo do Partido Comunista Bolchevique, de outubro de 1940, em Moscou, destacou a diferenciação entre o ensino e a educação com a seguinte caracterização: “A educação consiste em exercer uma ação determinada, sistemática e com um objetivo definido sobre a psicologia do educando, com o fim de inculcar-lhe as qualidades desejadas pelo educador”. Ora, se desejamos aplicar uma rotina diária, sistemática e contínua em nosso trabalho, o investimento na formação política deve ser robusto. Com essa consciência, a militância do Estado do Pará triplicou a sua meta de pré-venda para a biografia de Lênin, recém-lançada pelas Edições Manoel Lisboa.
Alguns elementos auxiliaram na superação da meta: homenagem ao centenário de imortalidade de Lênin; autocrítica sobre a formação coletiva; acompanhamento sistemático por parte da assistência; e, por fim, a compreensão sobre o papel de nossa organização na divulgação e difusão do marxismo-leninismo no Brasil.
Cotidianamente, temos ocupado as ruas com a divulgação do jornal A Verdade e a realização de atos e panfletagens. Nossas organizações também têm travado lutas e, com isso, mais e mais pessoas se somam à luta geral pelo socialismo e, assim, buscam aprimorar seu conhecimento sobre o marxismo. Portanto, cumpre a nós, marxistas-leninistas, o papel histórico de mostrar que há uma outra forma de viver, uma vez que grande parte das organizações da chamada “esquerda brasileira” abriu mão da luta pelo socialismo e se contenta com as migalhas destinadas pelo capitalismo ao povo pobre, enquanto um punhado de ricos aumenta suas fortunas a cada dia.
Se compreendermos que essa é a nossa missão histórica, nossa parcela de contribuição para o desenvolvimento da humanidade, saberemos rapidamente como agir frente àquele professor que nos encontra vendendo jornal e adquire o seu, o que fazer quando aquela dirigente sindical passa por nós na assembleia e nos parabeniza pela participação, pois a nossa presença contagia a classe. Nos portaremos diferente com aquele vizinho que nos vê chegar cansados e nos recebe com um sorriso de quem espera uma boa nova.
No fim de tudo, nos interessa saber se queremos cumprir esse papel, e a militância do Estado do Pará tomou para si essa missão e decidiu declarar guerra ao formalismo, à apatia, ao individualismo e ao sentimento espontaneísta. Durante muitos anos, a classe trabalhadora viu seus direitos serem corroídos e sugados por uma máquina de moer gente, enquanto se esforçava para resistir, mas com a luta de rua e a formação político-ideológica marxista-leninista, nossa classe se prepara para avançar mais rápido rumo ao socialismo.