28º EIJAA convoca luta pelo fim das guerras

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O 28º Encontro Internacional da Juventude Antifascista e Anti-imperialista (EIJAA) ocorrerá de 18 a 25 de agosto na República Dominicana, com participação da União da Juventude Rebelião (UJR). Seu tema será “A juventude unida pela paz e o futuro contra o imperialismo e suas guerras”

Coordenação Nacional da UJR


De 18 a 25 de agosto, jovens oriundos de mais de 25 países da América do Sul, América do Norte, Caribe, Europa e Ásia estarão reunidos na República Dominicana para discutir a luta pelo fim das espoliações imperialistas, da ascensão do fascismo, dos genocídios e das guerras contra os povos em todo mundo. Trata-se do 28º Encontro Internacional da Juventude Antifascista e Anti-imperialista (Eijaa).

O tema central será “A juventude unida pela paz e pelo futuro e contra o imperialismo e sua guerra”. A delegação brasileira iniciou uma campanha para levantar o recurso das passagens, taxas de inscrição, alimentação e hospedagem. Também está em curso uma campanha de emulação entre os militantes da União da Juventude Rebelião (UJR) de todo o país, com o objetivo de garantir mais um militante na delegação ao Eijaa. A emulação envolve participação nas brigadas do jornal A Verdade, aquisição de livros das Edições Manoel Lisboa, eleição de delegados ao Congresso da Ubes, entre outros critérios, e se encerrará no dia 07 de julho.

Leia o manifesto de convocação do 28º EIJAA

Convocamos a juventude de todo o mundo, aqueles que lutam por melhores condições de vida, por nossos direitos, por verdadeiras mudanças, contra esse sistema de exploração, desigualdade, violência e guerra. Dizemos: Abaixo a guerra e o genocídio! Sem mais racismo! Sem mais exploração! Sem mais opressão à mulher! Sem mais repressão à juventude e aos povos!

Ao redor do mundo, as potências imperialistas, com seus aliados, continuam disputando entre si o controle de novos territórios, utilizando sua violência reacionária para impor seus interesses e subjugar os povos. A evidência mais recente dessa realidade é o genocídio em que vive hoje a Palestina, onde o sionismo de Israel, nesta nova onda de violência, desde outubro de 2023, já ceifou a vida de milhões de palestinos e pretende aniquilar toda uma nação. O perigo de um conflito a escala global sempre está presente enquanto houver o capitalismo.

Além disso, a guerra na Ucrânia se mantém como um dos conflitos principais de nossa época, onde se manifestam as contradições entre os grupos imperialistas, como a Otan, a União Europeia, Estados Unidos, China e Rússia. As grandes potências dominaram durante décadas a África, a Ásia e a América Latina, impondo desigualdade, fome e pobreza. Os imperialistas travam guerras e ficam com os lucros, enquanto o povo sofre as consequências e a juventude termina como “bucha de canhão” destas guerras de rapina.

Além da crise geral do sistema, uma crise econômica está se formando. Os ricos do mundo pretendem jogar a culpa sobre as costas dos trabalhadores, da juventude e dos povos.

Para isso, eles usam seus governos para promover cortes sociais, aumento do custo de vida, flexibilização do trabalho, falta de emprego e precarização da educação, que ameaça perpetuar as desigualdades.

A ofensiva do capital contra a classe trabalhadora, a nível global, pretende se camuflar em “novas faces”, mas não esconde suas intenções quando se trata de retirar direitos que já foram conquistados. Exemplos desta ameaça são as políticas de Milei, na Argentina; Daniel Noboa, no Equador; Dina Boluarte, no Peru.

A crise econômica, a guerra imperialista e as mudanças climáticas convergem como desafios imediatos de nosso tempo. Essa tripla ameaça representa um perigo conjunto para o futuro, especialmente para a juventude. Por isso, ao redor do mundo, a classe trabalhadora, a juventude, o campesinato, os povos originários, as mulheres, os defensores da natureza se levantam e resistem. É necessária uma mudança urgente, e nós vamos alcançá-la.