Os militantes da União da Juventude Rebelião (UJR) estão se envolvendo profundamente com a campanha da Unidade Popular, que é o partido mais jovem das eleições de 2024. Nesse período, é preciso saber unir as tarefas de propaganda eleitoral com as organizativas, para ampliar cada vez mais as fileiras da luta pelo socialismo
Coordenação Nacional da UJR
Pela segunda vez, a Unidade Popular (UP) será o partido com mais jovens como candidatos nas eleições. A UP também é o partido mais jovem do país no sentido de ter conquistado seu registro eleitoral no final de 2019. Há ainda outro sentido, pois, por defender o poder popular e o socialismo, representa o novo no mundo. Não por acaso, a União da Juventude Rebelião (UJR), é uma das organizações que constroem a UP desde seu processo de legalização.
Sendo assim, a militância da UJR deve ter em seu horizonte algumas questões fundamentais para o êxito das tarefas. O ponto inicial é que a participação nas eleições burguesas deve servir para fortalecer nossa organização em todos os aspectos: políticos, ideológicos, organizativos. Para que isso aconteça, é preciso compreender, cada vez mais, a relação necessária entre o trabalho econômico (as lutas e ações imediatas) e o trabalho político, tendo o jornal A Verdade e a UP como os principais alicerces para isso.
Parece simples e óbvia esta reflexão. Entretanto, ainda persiste uma separação entre essas ações. Frequentemente, fazemos o trabalho com foco apenas nas lutas econômicas do movimento estudantil, e depois, fazemos as atividades políticas com o jornal e a UP. E isso é um entrave ao nosso desenvolvimento. Desta forma, é preciso relacionar o bom trabalho das lutas econômicas com a necessária luta política. Dando um exemplo concreto, isso significa reforçar nossas bases de atuação, durante as eleições, realizando panfletagens, debates e apresentando nossas candidaturas. Relacionar que os movimentos que construímos também têm um partido, a Unidade Popular.
As eleições podem aumentar o nosso trabalho. Em vários estados, temos exemplos de escolas, universidades e bairros em que o primeiro passo se deu a partir de panfletagens, seguindo-se de filiações, e onde atualmente temos núcleos da UP e da UJR. Isso só é possível quando encaramos as atividades como um trabalho vivo, completo, em que distribuímos panfletos, pegamos contatos, envolvemos os recém-ingressos, um trabalho que combina a agitação das denúncias com a propaganda do socialismo.
E as entidades estudantis não podem parar! As entidades estudantis precisam manter seu funcionamento, até porque toda a discussão política e os resultados do processo eleitoral influencia como serão as próximas lutas. Ou seja, as entidades precisam realizar debates com as candidaturas, apresentar suas plataformas eleitorais, dar conhecimento a sua base de atuação sobre quem está atacando ou defendendo seus direitos. E não só isso, as lutas não podem parar, elas podem fortalecer ainda mais nosso partido e, para que elas aconteçam, as diretorias das entidades precisam se reunir e prepará-las.
Agindo assim, seremos capazes de avançar em todos os aspectos. Fortalecer a Unidade Popular, crescer a UJR, aumentar nossa inserção em novos locais, denunciar as mazelas da sociedade capitalistas e propagandear o socialismo como a única alternativa de liberdade para a juventude e a classe trabalhadora.
Matéria publicada na edição nº 299 do jornal A Verdade