Tribunal Penal Internacional, sediado em Haia, emitiu mandado de prisão contra Benjamin Netanyahu, dois genocidas acusados de terem cometido crimes de guerra contra a humanidade.
Redação
INTERNACIONAL – Mais de um ano após o início do genocídio em Gaza, na Palestina, que já deixou mais de 52 mil pessoas mortas e outras 100 mil feridas ou mutiladas, o Tribunal Penal Internacional, sediado em Haia, na Holanda, decidiu emitir um mandado de prisão contra o primeiro-ministro fascista de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da guerra daquele regime, Yoav Gallant.
Os dois genocidas são acusados de terem cometido crimes de guerra e contra a humanidade. Pela decisão do Tribunal, todos os países que fazem parte da corte são obrigados a executar a sentença.
Este é o caso do Brasil, da maior parte dos países da América Latina, de todos os países da União Europeia e uma série de países asiáticos. EUA, China, Rússia e Israel não reconhecem o Tribunal.
A Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), uma das organizações políticas que está à frente da resistência armada no país ocupado, saudou a decisão do tribunal, mas lembrou que os crimes dos sionistas são muito mais graves.
“Apesar da importância da decisão do Tribunal e das acusações contra estes dois criminosos, continuam a ser acusações pequenas à luz da enorme escala dos crimes que cometeram contra o nosso povo e que ainda cometem, que incluem genocídio, limpeza étnica, fome, violência indiscriminada bombardeios e outros crimes que são considerados uma violação flagrante de todas as leis internacionais e humanitárias”, afirmou FPLP em nota à imprensa.
Genocídio continua
Como lembrou a resistência palestina, as atrocidades de Israel continuam diariamente. Em Gaza, os massacres diários em campos de refugiados, escolas e hospitais são a rotina. No Líbano, a tentativa de invasão de Israel continua a sofrer com a forte resistência dos libaneses.
Em apenas um dia, 21 de novembro, Israel matou 22 palestinos em Gaza e mais de 40 libaneses no leste do país. Sem ter como vencer a resistência, Israel opta por bombardeios indiscriminados.
Netanyahu se sente empoderado com a eleição de Donald Trump, nos EUA, e continua sem qualquer sanção dos demais países, cenário que coloca o Oriente Médio diante da possibilidade concreta de expansão dos conflitos militares nos próximos meses.
O anúncio mais grave foi feito no início do mês de novembro, por militares israelenses: “Não há intenção de permitir que os moradores do Norte da Faixa de Gaza retornem às suas casas”, falou abertamente o brigadeiro-general sionista Itzik Cohen. O cerco sionista ao Norte da Faixa de Gaza é mais uma evidência de que esta parte do território palestino será anexado por Israel.
Agressões no Líbano
No Líbano, as incursões israelenses continuam. Vilas libanesas são destruídas diariamente e os milhões de deslocados estão proibidos de voltar às suas casas. No entanto, a resistência libanesa tem conseguido impor baixas cada vez maiores ao Exército sionista.
Para esconder essa realidade, Israel tem optado por ampliar os bombardeios em Beirute, a capital. Lá, bairros populares, escolas e o aeroporto são alvos constantes de ataques. Segundo a Unicef, 200 crianças libanesas já foram assassinadas por Israel desde o início da invasão.
A guerra no Oriente Médio impõe a necessidade de se ampliar o enfrentamento ao imperialismo no mundo. O retorno do fascista Donald Trump à Presidência dos EUA impõe aos povos do mundo que se amplie a solidariedade, forçando os governos capitalistas a romperem relações diplomáticas e comerciais com o regime sionista.
Assim como em outros momentos na História, Israel e o imperialismo estadunidense não conseguem derrotar os palestinos e, por isso, tentam exterminá-los. Cabe aos povos do mundo se mobilizar para impedir isto.