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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Alunos sofrem com calor extremo nas escolas municipais de Praia Grande

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Famílias e trabalhadores da educação se unem para exigir que a Prefeitura de Praia Grande realize investimentos em infraestrutura e a climatização das escolas. Uma plenária do Movimento de Luta de Classes (MLC) no dia 22/02 organizará a mobilização

Maíra de Souza | Praia Grande (SP)


No município de Praia Grande, no litoral do estado de São Paulo, trabalhadores da educação e alunos denunciam que o descaso do governo municipal com as condições insalubres nas escolas públicas em meio à crise climática atingiu um nível intolerável. As comunidades escolares revelam que, em um verão de temperaturas altíssimas, as salas de aula tem se transformado em verdadeiras estufas, sem climatização ou condições mínimas de funcionamento, colocando em risco a saúde de quem trabalha e estuda nelas.

Frente à calamidade, o Movimento Luta de Classes (MLC) e a Unidade Popular pelo Socialismo (UP) no município convocaram uma plenária para este sábado (22/2), buscando organizar uma mobilização que exija melhores condições de infraestrutura para o ensino público da cidade.

Crise climática

A última semana de fevereiro traz consigo previsões alarmantes de recordes de temperaturas altíssimas em todo o país. Nesse contexto, trabalhadores da educação da Baixada Santista relatam ao jornal A Verdade que lidam diariamente com salas de aula abafadas, falta de ventilação, ausência de água potável em condições adequadas e nenhum investimento em sistemas de refrigeração demonstram a realidade que é imposta.

Uma servidora que não quer se identificar relata que é insuportável ficar dentro das salas de aula. “Nas quadras, a situação é ainda pior. As crianças não conseguem se concentrar, sentem dor de cabeça, desconforto e precisam ir ao bebedouro o tempo todo. A situação causa grande agitação e crises nos estudantes autistas, que nessa fase estão se adaptando à sua nova sala de aula”, desabafa.

Mesmo assim, o governo municipal, que deveria garantir condições dignas de trabalho e estudo, não dá sinais de que pretende fazer as reformas de infraestrutura necessárias para enfrentar o calor, fechando os olhos para a crise climática e o sofrimento que ela causa. Mais que negligência, denunciam os servidores, essa inação é um ataque direto à saúde, ao direito à educação e ao futuro das crianças e adolescentes da cidade.

Luta organizada

Apesar das promessas vazias e medidas paliativas de muitos governos, os efeitos da crise climática capitalista já estão batendo à porta. Por isso, as comunidades escolares começam a se organizar para cobrar, pressionar e lutar por mudanças urgentes. A luta por escolas climatizadas, com infraestrutura adequada para enfrentar as altas temperaturas, com investimentos reais em sustentabilidade e políticas públicas que priorizem a vida e o bem-estar de todos se apresenta cada vez mais como uma necessidade urgente.

Dessa forma, o MLC e a UP estão organizando um ato que mobilize todas as trabalhadoras, trabalhadores, estudantes, familiares e defensores da educação de Praia Grande para a luta no município. A plenária convocada para o dia 22/02, que organizará as estratégias de luta e mobilização, terá como proposta inicial as seguintes reivindicações:

  1. Climatização imediata das escolas – solução imediata para pôr fim às condições desumanas que as crianças e profissionais da educação estão submetidos;
  2. Investimentos em infraestrutura sustentável – as escolas precisam de reformas urgentes para se tornarem ambientes saudáveis e preparados para enfrentar a crise climática;
  3. Políticas públicas efetivas – o governo deve assumir sua responsabilidade diante da emergência climática, com ações concretas que garantam a segurança e o bem-estar da população.

Defendendo o fim do descaso e exigindo escolas dignas e um futuro sustentável, o MLC  convida os trabalhadores da educação, as famílias e os jovens de Praia Grande a participarem da plenária do dia 22/02 e se somar a essa luta.

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