O Movimento de Mulheres Olga Benario realizou encontros regionais nos dias 18 e 19 de janeiro para fortalecer seus núcleos de base e ampliar sua atuação no país.
Ana Carolina Martins (PA) e Talita Bezerra (SP)
MULHERES – Nos dias 18 e 19 de janeiro, o Movimento de Mulheres Olga Benario realizou encontros regionais reunindo suas militantes das regiões Norte e Nordeste, em Recife, e Centro-Oeste, Sudeste e Sul, em São Paulo. Os debates tiveram como foco o fortalecimento dos núcleos de base, em especial, a construção de novos núcleos; o funcionamento das coordenações estaduais e regionais; e a formação de novas dirigentes.
As delegações de cada estado se debruçaram para avaliar o trabalho em 2024, em que o Movimento chegou a mais cinco novos estados, totalizando 22, estando presente em todas as regiões do Brasil.
A presença dessas militantes nos encontros regionais representa um avanço após os diversos desafios que enfrentamos, nos últimos anos, para garantir todas as regiões nas atividades nacionais. Apontou também para a necessidade de organizar e formar mais mulheres diante dos ataques aos nossos direitos e às nossas vidas, como os ataques ao direito ao aborto e a criminalização de vítimas de estupro, sobretudo crianças, assim como o desemprego, a pobreza, o aumento dos casos de feminicídio.
Diante dessa conjuntura fica mais evidente que os núcleos das mulheres trabalhadoras, estudantes e mães organizadas no Movimento de Mulheres Olga Benario são a base do trabalho, sua força real. Por isso, a periodicidade das reuniões de núcleo, com data e horário fixos, se faz tão necessário.
Os núcleos também não podem se fechar em si, ao contrário, devem estar em estado de crescimento diário, construindo as lutas nas ruas: manifestações, panfletagens, patrulhas, rodas de conversa, plantões de atendimento em nossas casas.
Para avançar ainda mais nosso trabalho, foi debatida a importância da formação política das militantes no âmbito dos núcleos e dos espaços estaduais e nacional, bebendo da teoria feminista marxista.
Para que o Movimento possa continuar crescendo e avançando na luta em defesa dos direitos das mulheres e do socialismo, é indispensável debater sua autossustentação, como desenvolver mais atividades para construir as lutas e conseguir mais apoiadores.
Ainda cabe destacar a importância da agitação política e propaganda do socialismo, deixando claro o papel que o jornal A Verdade tem na formação das militantes, com leituras nos núcleos e na aproximação de novas mulheres através de brigadas do jornal em bairros e portas de fábrica.
Matéria publicada no jornal A Verdade impresso nº306