Organizar um partido de novo tipo que seja uma máquina de guerra contra a política imperialista promovida pela corrida do lucro é uma necessidade urgente ainda para 2025.
Vitória Louise | Salvador
OPINIÃO – Com o avanço da política fascista no Brasil e no mundo, a retirada de direitos da classe trabalhadora e o avanço desenfreado da ganância dos ricos em concentrar o acúmulo de riquezas, a organização da resistência se torna fundamental para que possamos ter o mínimo de perspectiva no futuro.
Uma das tarefas fundamentais do partido de vanguarda é orientar a classe para o caminho da luta e da tomada de poder – afinal, se a classe trabalhadora tudo produz, é só uma questão de tomada de decisão para tudo a ela pertencer.
Sem um partido de vanguarda não há revolução – essa é a síntese das revoluções proletárias e tomada do poder. Organizar um partido de novo tipo que seja uma máquina de guerra contra a política imperialista promovida pela corrida do lucro é uma necessidade urgente ainda para 2025. Assim, é preciso também aumentar o zelo, atenção e cobrança “em ser mais” para com os quadros do partido.
Mas o que é o quadro? Che Guevara define “Um quadro é um indivíduo que alcança o suficiente desenvolvimento político para poder interpretar as grandes diretrizes emanadas do poder central, torná-las suas e transmiti-las como orientação à massa, percebendo, além disso, as manifestações dessa massa com os seus desejos e motivações. É um indivíduo de disciplina ideológica e administrativa que conhece e pratica o centralismo democrático e sabe avaliar as contradições existentes no método para aproveitar ao máximo suas múltiplas facetas; quem sabe praticar, na produção, o princípio da discussão coletiva e responsabilidade única; cuja finalidade está provada e cujo valor físico e moral se desenvolveram no compasso de seu desenvolvimento ideológico, de tal maneira que está sempre disposto a enfrentar qualquer debate e responder até com sua vida pela boa marcha da Revolução. É, além disso, um indivíduo com capacidade de análise própria, o que lhe permite tomar decisões necessárias e praticar a iniciativa criadora de modo que não se choque com a disciplina.”
Assim, para que possamos desenvolver cada vez mais o partido que orientará o povo brasileiro rumo à tomada do poder, é necessário dedicar tempo e atenção para formar cada vez mais pessoas que assimilem os métodos do partido, mas que também tenham bem firmado a base da concepção científica do marxismo – o materialismo histórico e dialético. Com a base ideológica e política firmada, é possível que cada quadro possa compreender e assimilar a linha do partido e ganhar cada vez mais as pessoas ao seu redor para as ideias da revolução.
Nesse sentido, vale ressaltar que a paciência, compreensão e o espírito de camaradagem são indispensáveis para que os métodos de melhorar os defeitos e os erros ao mesmo tempo em que se valoriza os acertos continuam sendo o da crítica e da autocrítica. Criticar é um ato de camaradagem e reafirmação da justeza do marxismo-leninismo.
Se preocupar com o que os quadros pensam, como realizam uma determinada tarefa, se estão em dia com o estudo do marxismo-leninismo, o que estão consumindo (nos campos da cultura, lazer e saúde) são elementos fundamentais para que possamos compreender o nível de assimilação das tarefas e responsabilidades a fim de avançarmos cada dia mais rumo à revolução.
É necessário aumentar o zelo revolucionário para com a nossa organização. Cuidar dos nossos coletivos como um jardineiro cuida das suas flores é também zelar pelo desenvolvimento políticos dos nossos quadros. São eles, os primeiros a sacrificar o que pouco que têm – os primeiros a serem presos, os primeiros a se colocarem para organizar uma luta, os primeiros a se arriscarem.
Os quadros são determinantes – assim, zelar pela nossa política de desenvolvimento dos quadros, é zelar pelo futuro do partido, e consequentemente, o futuro da revolução brasileira. A assistência ideológica, política e cotidiana deve ser uma preocupação cotidiana nos coletivos de direção. Caso o debate a esse respeito esteja sendo limitado, há de se refletir sobre as prioridades nas pautas, uma vez que sem uma boa política de manutenção e formação de quadros incide no erro de estagnação partidária – o coletivo deve sempre prezar pela renovação de seus quadros. Assim, novos recrutamentos e filiações, novos coletivos em novos territórios também devem pertencer ao cotidiano do debate da política de quadros.
Prezar pela política de quadros do nosso partido é prezar pela revolução brasileira.