UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

sábado, 12 de abril de 2025

Mulheres em todo o mundo foram às ruas no 8 de Março

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Indira Xavier | Redação


MULHERES – No último dia 08 de março, milhões de mulheres marcharam em todo o mundo. A data marcou os 115 anos da instituição do Dia Internacional das Mulheres Trabalhadoras, proposto por Clara Zetkin, dirigente do Movimento Comunista Internacional. No Brasil, o Movimento de Mulheres Olga Benario, honrando o legado desta importante data, mobilizou milhares de mulheres para ocupar as ruas em 21 capitais e dezenas de outras cidades.

O momento de acirramento das contradições do capitalismo, que aumentam os riscos de uma nova guerra mundial, além do criminoso genocídio contra as mulheres e crianças palestinas, associado a um constante aumento da violência contra as mulheres, da violência policial e da fome em todo o mundo, exige que o movimento consciente e organizado das mulheres esteja nas ruas para defender nossas vidas e lutar por um mundo sem violências, sem guerras e sem fome.

De fato, os dados mostram que, por mais que existam leis para garantir a segurança e a vida das mulheres, a violência e os feminicídios não param de aumentar. Segundo pesquisa divulgada no dia 07 de março pelo Fórum de Segurança Publica, a violência de gênero atingiu mais de 21 milhões de brasileiras e, nos últimos dez anos, foi a responsável por quase 12 mil feminicídios.

Não bastasse a violência e o feminicídio, os impactos da fome e do aumento do custo de vida, não só na cesta básica, mas também nos alugueis e no transporte coletivo, afetam mais particularmente a vida das mulheres trabalhadoras. “Pra gente, que somos dependentes de uma faxina pra fazer, que pagamos aluguel, que somos mãe solo, se torna muito difícil. Porque não é todo dia que a gente tem um real sequer no bolso. Então, pra gente que tem uma criança, que depende de um leite pra tomar, de uma fruta pra comer, isso abala muito nossa estrutura, nossa família”, conta Luana, de 34 anos, moradora de Diadema e militante do MLB.

Assim como no Brasil, onde as manifestações foram combativas e de muitas denuncias, milhões de mulheres pelo mundo foram às ruas contra a violência, o genocídio palestino, por direitos e contra todos os ataques que os governos fascistas de plantão desferem contra a classe trabalhadora. 

Mesmo com as tentativas de abafar as mobilizações, por parte da imprensa burguesa, não foi possível abafar as vozes das milhares de argentinas nas ruas contra os ataques do presidente fascista Javier Milei. Também foram bravas as mulheres que, na Alemanha, enfrentaram a polícia para denunciar o genocídio palestino. Na Nigéria, as mulheres foram às ruas de roxo para denunciar a violência e o casamento infantil. No México, milhares de mulheres indígenas assumiram o protagonismo na marcha e foram as vozes para denunciar os desaparecimentos forçados e os feminicídios.

O futuro é o socialismo!

O Movimento Comunista Internacional deu e segue dando grandes impulsos à organização revolucionária das mulheres, justamente por compreender que é impossível acabar com o sofrimento da humanidade sem fazer uma revolução que ponha abaixo o Estado burguês, que se alimenta do suor e do sangue do nosso povo, aqueles que verdadeiramente constroem todas as riquezas. Por isso, o 8 de Março é uma data que tem o objetivo de impulsionar a unidade e a luta das mulheres trabalhadoras de todo o mundo.

Só o socialismo será capaz de assegurar o futuro da humanidade, só em uma nova ordem, onde não haja exploração e objetificação de mulheres e crianças, onde o Estado esteja a serviço da classe trabalhadora para pôr fim a toda a violência e insegurança, é que seremos verdadeiramente livres. Lutemos, pois, pelo socialismo!

Matéria publicada na edição impressa nº 309 de A Verdade

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