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segunda-feira, 5 de maio de 2025

Trabalhadores não recebem seus salários e paralisam atividades

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Trabalhadores das unidades da rede Caetano em Itu, Valinhos e Vinhedo cruzaram os braços no início de março, após acumularem três meses sem depósito do FGTS e enfrentarem o atraso do salário de fevereiro.

Roque Silva Junior | Valinhos – SP


TRABALHADOR UNIDO – No início de março, trabalhadores das redes de supermercado Caetano, das cidades de Itu, Valinhos e Vinhedo, encontravam-se com o salário de fevereiro atrasado e sem depósito do FGTS por três meses. Os funcionários enfrentaram condições de trabalho precárias, prateleiras vazias, com equipamentos sujos e a falta de esperança na boa vontade do patrão.

Insatisfeitos, os trabalhadores cruzaram os braços. A promessa de pagamento era apenas para o dia 20 de março. O sindicato da categoria apareceu, mas, ao invés de ser um instrumento de luta e apoiar a reivindicação dos funcionários por seus direitos trabalhistas, incentivou-os a continuarem o trabalho e a suspenderem a manifestação.

No dia 11, foi realizada uma nova reunião entre o sindicato e a empresa, definindo que as unidades de Valinhos, Vinhedo e Itu seriam fechadas. Além do fechamento, o sindicato reforçou a promessa de pagamento no dia 20 e que a unidade Valinhos Centro ficaria aberta. Ainda foi informado que os funcionários seriam demitidos sem justa causa, com as verbas rescisórias divididas em nove vezes, incluindo o salário e o FGTS atrasados.

Os militantes do núcleo da Unidade Popular (UP) na região foram conversar com os trabalhadores e acabaram sendo expulsos da unidade Centro e Vinhedo, além das ameaças de que a empresa chamaria a Polícia. Quando retornaram à unidade da Vila Santana, continuaram apoiando e conversando com os trabalhadores e aguardavam por uma conversa com o líder sindical. O combate à exploração da classe trabalhadora incomoda tanto que foram confrontados e ameaçados por um dos seguranças. Apesar das tentativas de intimidação, o povo se posicionou ao lado dos militantes e chegaram a questionar o porquê da expulsão.

Os trabalhadores ficaram trabalhando sem salário, sem orientação, foram impedidos de se comunicar com os militantes e deixados de lado. Quando questionaram o sindicato se poderiam ir até o mercado para obterem mais informações a respeito do cumprimento do acordo, a resposta foi que a presença física não acelera nem muda nada. Tal desincentivo vem para impedir que todos vejam o descaso com os funcionários, fazendo com que eles permaneçam reféns da empresa.

O sistema capitalista explora os trabalhadores, forçando-os a permanecerem trabalhando em uma situação em que o mercado está vazio, sem condições de higiene e sem salário.

A única alternativa a fim de exterminar situações como essa é uma organização da classe para lutar por seus direitos. Trabalhador, organize-se e lute!

Matéria publicada na edição impressa nº310 do jornal A Verdade

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