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sábado, 22 de novembro de 2025

Chuvas causam prejuízos em 132 cidades do Rio Grande do Sul

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Já se contabilizam 132 municípios afetados pelo temporal e mais de 7 mil pessoas estão fora de casa. A chuva que atinge o estado desde o dia 16 de junho elevou o nível dos rios em diversas regiões.

Claudiane Lopes | Rio Grande do Sul


BRASIL – A cada nova chuva, o medo se instala. Novamente mais uma tragédia anunciada, depois treze meses após a última enchente de 2024 no Rio Grande do Sul. Já se contabilizam 132 municípios afetados pelo temporal e mais de 7 mil pessoas estão fora de casa. A chuva que atinge o estado desde o dia 16 de junho elevou o nível dos rios em diversas regiões. Há registros de 38 bloqueios em estradas e quatro pessoas morreram em decorrência da chuva. Uma pessoa segue desaparecida.

Na cidade de Canoas, já são 100 mil pessoas afetadas e 430 desalojadas. Em Porto Alegre, a situação é especialmente grave na região das Ilhas, que está em alerta máximo devido ao avanço das águas. Além disso, vários pontos da cidade enfrentam alagamentos e bloqueios. Estamos mais uma vez perto de atingir a cota de inundação do Rio Guaíba, que está em 3,60 metros, e o nível já chegou a 2,77 metros, subindo cerca de 1 cm por hora.

Mais uma vez, a Prefeitura aposta em medidas paliativas como sacos de areia, enquanto falta um plano estruturado e investimentos concretos para prevenir as enchentes de forma definitiva. As famílias atingidas estão desamparadas, sem informações precisas sobre os riscos, a necessidade de evacuação ou os procedimentos de segurança que deveriam ser seguidos. Essa ausência de comunicação é intencional e agrava o sofrimento e a insegurança de quem já viveu situações extremas.

A falta de transparência e agilidade na resposta expõe um problema estrutural: a cidade e seu entorno não estão preparados para enfrentar os efeitos do clima em crise ambiental. Além disso, é fundamental que as ações de limpeza dos bueiros, manutenção das bombas de drenagem e abertura dos abrigos sejam aceleradas e priorizadas, evitando que o caos se repita.

O medo e a ansiedade causada pelas chuvas é resultado direto de um projeto de cidade e de estado que há séculos virou as costas para o povo e para a natureza. Não é um problema de agora, é fruto do sistema capitalista – imperialista que destrói a natureza na busca por mais lucros.

Enquanto as comunidades esperam por soluções reais, o Governador Eduardo Leite (PSD) e o Prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo (MDB) seguem empurrando o problema com a barriga. Já se passaram um ano da enchente passada, e nada de estrutural foi apresentado. A drenagem continua precária, as áreas de risco seguem esquecidas. Famílias esperam suas casas que foram prometidas.

O que acontece não é um caso isolado. O RS já é palco de políticas que colocam o lucro acima da vida, como a autodeclaração e a autorregulação das empresas que exploram e destroem o meio ambiente sem controle real. E agora querem levar esse modelo de destruição para todo o país, através do “PL da Devastação” que corre no Congresso e ameaça institucionalizar a devastação ambiental no país.

A vida do povo precisa ser prioridade. É urgente mudar tudo! E somente lutando por outro modelo de sociedade, a sociedade socialista, podemos viver com tranquilidade.

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