Por mais que estejamos imersos em tanta dor nesse momento, devemos ter em nossos corações a certeza da imortalidades de cada um deles, pois suas ideias, suas lutas e suas convicções permanecem vivas em nós e é nossa tarefa maior honrá-los e fazer com que seus sonhos perdurem.
Belle Leite | Belém (PA)
PARTIDO – O sentimento de perda é sempre curioso. De repente, algo ou alguém que era constante e vivo em nossas vidas se vai, esvaindo-se de forma brusca e devastadora.
Quando pensamos em Ana Letícia Araújo, Leandro Souza Dias e Welfesom Campos Alves, jamais devemos recorrer a esse sentimento.
NÓS NÃO PERDEMOS NOSSOS CAMARADAS. Por mais que estejamos imersos em tanta dor nesse momento, devemos ter em nossos corações a certeza da imortalidades de cada um deles, pois suas ideias, suas lutas e suas convicções permanecem vivas em nós e é nossa tarefa maior honrá-los e fazer com que seus sonhos perdurem.
Nossos camaradas estavam rumo ao 60º Congresso da União Nacional dos Estudantes, que ocorreu na cidade de Goiânia, para defender a tese “Quem vem com tudo, não cansa!”. É simbólico demais pensar nisso.
Cada um destes camaradas, a seu tempo e diante de sua disponibilidade, foram incansáveis em defender as causas do povo, lutar contra as injustiças e por uma sociedade livre da exploração, a Sociedade Socialista.
Welfesom era um dirigente do Partido Comunista Revolucionário, Secretário no estado do Pará do Jornal a Verdade, vice-presidente estadual da Unidade Popular no Pará e construía um grandioso trabalho no município de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém. Welfesom é um camarada que faz história, que será lembrado sempre pela sua luta ideológica com os militantes, para que trabalhem de forma consciente com o Jornal A Verdade; pelo seu profundo respeito e amor ao seu Partido, aos seus camaradas, amigos, à sua companheira e a todos seus famíliares. Cada um que passou por seu caminho deve se sentir orgulhoso por ter conhecido um grande comandante revolucionário.
Ana Letícia Araújo era uma jovem sonhadora no sentido mais literal deste termo. Com sua inquietude tímida, aos poucos foi criando consciência da necessidade de lutar, de construir cotidianamente o mundo que almejamos. Recém chegada ao Movimento Correnteza e a União da Juventude Rebelião, era só alegria para viajar ao Congresso, seu ânimo e serenidade, sempre transmitiram leveza e paz a todos os que conviviam com ela, certamente nós, seus camaradas, familiares e amigos, levaremos conosco esse mesmo sentimento de pureza e revolta, que guiava seus sonhos e que agora está ainda mais aceso em nossos corações.
Leandro Souza Dias era um militante do Partido Comunista Revolucionário, da União da Juventude Rebelião, do Movimento Correnteza e da Unidade Popular. Leandro era reservado e querido. Sua personalidade era alegre, mesmo que fosse tímido em muitos momentos. Este camarada construiu núcleos e células da UJR e PCR, estudou sobre o marxismo-leninismo e o aplicou na prática cotidiana, sempre sendo respeitoso, empático e indignado com a exploração na qual o sistema capitalista mantém nosso povo. Todos os seus camaradas têm muito orgulho de ter convivido momentos únicos ao seu lado, e guardam eternamente essas memórias.
Agora, nossos camaradas entram para a eternidade. Viver ao lado deles foi bonito, profundo e emulador. Pensar nas suas memórias hoje, nos remete aos mesmos sentimentos. Que caminhemos com beleza para lidar com as dificuldades do dia a dia, quando nos sentimos enfraquecidos e duvidamos da nossa força; que sigamos profundamente convictos da vitória, de que nossas lutas e nossos sonhos nos trarão o tão sonhado estado Socialista e, por fim, que suas trajetórias emulem cada ação cotidiana da nossa vida, cada agitação, cada reunião, cada conversa possa ter um resquício do amor e entrega desses camaradas; assim, tenhamos certeza, nossos heróis estarão vivos e nossa vitória não tardará.
Welfsom, Ana Letícia e Leandro Presentes!