Estar ali não foi apenas um compromisso político, foi também um ato de amor profundo ao nosso povo. Marchou comigo o legado do meu primo, Welfesom Campos, jovem revolucionário, filho de ribeirinhos da Amazônia Limoeirense, estudante da UFPA, que carregava nos ombros o sonho de uma universidade plural, pública e acessível.
Professor Benyelson Campos* | Belém – PA
Sexta, 1º de agosto, caminhei ao lado de companheiras e companheiros pelas ruas de Belém do Pará. Foi mais que um ato. Foi um grito coletivo, insurgente, que ecoou contra todas as formas de opressão e entrega do nosso país. Marchamos pela soberania do Brasil, contra o tarifaço imperialista de Donald Trump, contra os pseudopatriotas do bolsonarismo e sua política de destruição, contra a desumana escala 6×1, e em defesa da dignidade da classe trabalhadora.
Estar ali não foi apenas um compromisso político, foi também um ato de amor profundo ao nosso povo. Senti o calor da luta vibrar em cada canto da cidade, vi nos olhos da juventude e da classe trabalhadora a esperança viva por um país justo, popular, soberano. E nesse calor, a memória também marchou conosco.
Marchou comigo o legado do meu primo, Welfesom Campos, jovem revolucionário, filho de ribeirinhos da Amazônia Limoeirense, estudante da UFPA, que carregava nos ombros o sonho de uma universidade plural, pública e acessível. Welfesom acreditava que outro Brasil era possível – e necessário. Ao lado dele, também vivem em nossa luta os nomes de Ana Letícia e Leandro, combatentes do povo, que partiram cedo demais, mas deixaram sementes que hoje florescem em cada ato, em cada punho cerrado.
A Unidade Popular representa isso: a continuidade da luta histórica da classe trabalhadora brasileira, que se recusa a aceitar migalhas. Somos aqueles e aquelas que não se vendem, que não se calam, que não se curvam. Estamos aqui para construir uma nova sociedade – uma Sociedade Socialista Brasileira, onde o povo governe, onde a vida seja plena, onde o trabalho valha mais que o lucro.
Marchamos, sim. E nós vamos sorrir!
Sorriremos não por negação da dor, mas porque resistimos.
Sorriremos por cada memória que se transforma em bandeira.
Sorriremos porque somos uma força incansável.
Somos a esperança organizada. Somos a UP.
Enquanto houver injustiça, estaremos nas ruas.
Enquanto houver opressão, não calaremos.
Por Welfesom. Por Ana. Por Leandro. Por todos os que sonham.
Viva a luta popular! Viva a juventude consciente! Viva o socialismo brasileiro!
*Pedagogo/UFPA – Especialista em Currículo e Prática Docente/UFPI