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segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Cotas individuais do Jornal A Verdade: a prática sistemática e contínua de todo comunista

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A história nos mostra que nas revoluções socialistas ocorridas por todo mundo, o jornal foi essencial no processo revolucionário. Não devemos tratar as cotas individuais como uma obrigação ou imposição. A pergunta que vem à tona é: usamos as nossas cotas individuais como uma expansão de nossa atuação política?

Diego Barbosa | Unidade Popular PR


OPINIÃO – A história nos mostra que nas revoluções socialistas ocorridas por todo mundo, o jornal foi essencial no processo revolucionário. Vladmir Lenin, nos primeiros anos do século XX, indicou a necessidade da criação de um jornal, ao afirmar que: “O jornal não é só um propagandista coletivo, senão também um organizador coletivo” (Por Onde Começar, 1901). E foi a partir da circulação do jornal Pravda que o Partido Bolchevique organizou os operários e camponeses russos e construiu a revolução proletária em outubro de 1917.

Como militantes da Unidade Popular, reconhecemos a importância das brigadas do Jornal A Verdade, tanto na Brigada Nacional, quanto nas brigadas extras. Devemos atuar e intervir na política dos espaços que alcançamos com o jornal a fim de organizar a classe trabalhadora e despertar sua consciência de classe.

Essa relação com nosso jornal gera confiança da classe trabalhadora em nosso partido, pois, o jornal se torna a fonte de informação mais confiável em meio à luta de classes.

Como anda a nossa relação com a nossas cotas individuais?

No artigo Avançar na nossa relação com o Jornal, encontramos qual deve ser o melhor encaminhamento para as cotas individuais: “Um livro de poesia na gaveta não adianta nada, lugar de poesia é na calçada. Ninguém pode viver uma vida inteira ou mesmo um dia sem entrar em contato com outra pessoa. Então como é possível que, a cada quinzena, camaradas não consigam encontrar ao menos cinco pessoas para vender a sua cota?

É preciso repensar nossa rotina, pois isso dificulta não só a venda do jornal, mas também a nossa saúde mental, nossas emoções e nossa consciência coletiva. Precisamos encontrar amigos, familiares, colegas de trabalho, ou mesmo uma pessoa que puxa assunto na rua, e vê-la como alguém que precisa saber da luta por um mundo melhor.”

Não devemos tratar as cotas individuais como uma obrigação ou imposição. A pergunta que vem à tona é: usamos as nossas cotas individuais como uma expansão de nossa atuação política?

Che Guevara sempre defendeu a ideia de uma transformação do ser humano ao longo da construção do socialismo e transição ao comunismo. Essa atitude não é inédita, pois Marx e Engels já a haviam registrado no Manifesto do Partido Comunista.

No entanto, Che a desenvolveu ao longo de toda sua vida revolucionária. Dois exemplos dos escritos de Che estão em sua obra “O Socialismo e o homem em Cuba”, na qual ele escreve: “Para construir o comunismo, paralelamente à base material tem que se fazer um homem novo” e “Na atitude dos nossos combatentes visualizava-se o homem do futuro”.

Estamos constantemente realizando as brigadas de nossos jornais com o objetivo principal de despertar a consciências de classes de nosso povo. Esse despertar inclui, nos entendermos como classe e não apenas como indivíduo. A partir do momento que o trabalhador se enxerga como classe trabalhadora, começa o processo da formação do novo ser humano. Este novo ser deve ser dotado de um ideal coletivo, de construção de uma sociedade igualitária, justa e democrática. Uma sociedade na qual o fruto do trabalho é domínio de todos aqueles que trabalham e que ajudam na construção desta.

A disciplina bolchevique como boa prática

Para ser um bom militante, devemos militar. Para sermos um bom brigadista, devemos fazer mais brigadas. Para ter uma boa relação com as massas, devemos estar com as massas todos os dias. O secretário geral do COMINTERN, Georgi Dimitrov, cita:

“O verdadeiro revolucionário, o verdadeiro dirigente proletário, forma-se no fogo da luta de classes e na assimilação da doutrina marxista-leninista … Não basta saber o que fazer, é preciso ter coragem de lavá-lo a cabo, estar sempre pronto para fazer, por qualquer preço, tudo o que possa realmente servir à classe operária, ser capaz de subordinar toda a sua vida aos interesses do proletariado e de seu partido marxista-leninista”.

Todas essas tarefas necessitam de dedicação, destinar nossas energias e tempo para o objetivo maior, que é a libertação de todo o nosso povo da exploração burguesa, por meio da construção de nossa revolução.

Da mesma forma, só podemos aumentar nossos jornais de cotas individuais, se estamos sempre nos esforçando para alcançarmos mais pessoas nos nossos círculos sociais. Uma citação de Diógenes Arruda (militante comunista e preso político na ditadura) exemplifica muito bem como deve ser a nossa prática. “Ser comunista é uma conduta de vida. E não apenas num momento, numa tarefa ou num combate, mas em todos os momentos, em todas as tarefas e em todos os combates”.

O que significa ser comunista

Ou seja, devemos ser comunistas todos os dias, não somente quando estamos numa brigada, num ato ou numa reunião. Ser comunista todos os dias, neste caso, é estar levando o despertar da consciência de classes a todos em nossa volta. Estarmos sempre com jornais em mãos é a possibilidade de abordar outro trabalhador que cruze o nosso caminho. Pois, por muitas vezes deparamos no comércio, no ônibus, com motoristas e entregadores de aplicativo etc. com questões de exploração que são abordadas no jornal A Verdade. São estes os momentos que devemos ser comunistas também.

As pessoas que adquirem nossas cotas individuais com determinada constância, são aquelas que tem confiança no jornal, que entendem que ele reflete os anseios e interesses da classe trabalhadora. Essas também são pessoas que devem ser disputadas para se organizarem em nossas fileiras. O trabalho diário e constante é uma das características principais da militância comunista, recrutar novos camaradas faz parte da tarefa do comunista. E sempre que recrutado um camarada, um novo deve ser alcançado, e nada melhor do que a cota individual para fazer essa nova conexão.

Portanto, adquirir, distribuir e expandir o número de jornais de nossas cotas individuais é uma tarefa revolucionária. Pois, ser revolucionário é ser comunista todos os dias e sermos comunistas todos os dias é estarmos sempre buscando o despertar da coincidência de classe e a organização da classe trabalhadora em prol da revolução socialista.

Camaradas, jornal é o nosso melhor panfleto, é a ferramenta mais poderosa para despertarmos a consciência de classe e organizar o nosso povo. Devemos ter nossas cotas individuais em mãos a todo momento, pois, todos os dias encontramos um trabalhador que sofre e busca por esperança. Façamos de nosso jornal, todos os dias, o farol da esperança!

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