O Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), que em 25 anos garantiu moradia a 30 mil famílias e distribuiu milhares de cestas básicas, convoca seus militantes a se filiar à Unidade Popular (UP) para fortalecer a organização política e ampliar a luta por mudanças sociais.
Maristane Araújo | Unidade Popular (UP)
BRASIL – O Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), desde sua fundação, em 1999, sempre organizou famílias pobres, periféricas e dos bairros populares para lutar por seus direitos. Nesses 25 anos de combatividade, realizou inúmeras mobilizações, tendo destaque na luta por habitação, que garantiu moradia para mais de 30 mil famílias, e a luta contra a fome e a carestia, que conquistou milhares de cestas básicas para as famílias organizadas.
Essas lutas educam nosso povo, mas não são suficientes para resolver a realidade que vive a classe trabalhadora em nosso país. As contradições são cada vez maiores, o povo pobre vive uma vida cada vez mais dura e sem perspectiva. O salário mínimo mal dá para viver. Todos os dias, mais pessoas ficam desempregadas. A fome é uma realidade diária para milhares de pessoas. E, para piorar, o preço dos alimentos está sempre aumentando.
O povo pobre da favela e dos bairros periféricos vive à margem de tudo: sem emprego, sem dignidade, sem futuro. A violência policial contra o povo negro é uma realidade cotidiana. As crianças dormem sem comer, e as ruas estão cheias de pessoas sem teto. Enquanto isso, a classe dominante, os bilionários, enchem os bolsos à custa do nosso suor e sofrimento. Só no Brasil, 60 pessoas controlam quase um trilhão de reais, enquanto a maioria mal consegue pagar as contas no fim do mês. Esse acúmulo só foi possível ser alcançado pela superexploração e miséria impostas à classe trabalhadora.
O que podemos fazer para mudar essa realidade?
Primeiro, precisamos entender que só a luta e a organização podem mudar a vida. E o MLB tem dado provas de que essa frase está correta. Organizados nas fileiras do movimento, conquistamos o direito de morar dignamente e aprendemos que a saída para combater a fome é a luta. Mas, para vivermos, de fato, melhor e felizes, é necessário destruir a sociedade capitalista, que é o causador de todo sofrimento que vivemos.
Segundo, para destruir esse sistema, precisamos de um partido que represente o povo, que esteja do lado da nossa gente e que saiba o que é viver nas periferias e nas ocupações. Que represente os nossos interesses e seja capaz de enfrentar os ricos, que organize todos os trabalhadores e eleve a consciência do nosso povo para também avançar a luta política e ideológica na sociedade. Que represente os nossos interesses e seja capaz de enfrentar os ricos e ter como objetivo final a construção de uma sociedade justa, a sociedade socialista.
Foi por isso que o MLB ajudou a construir a Unidade Popular (UP). A UP é um partido nascido do chão das ocupações urbanas, das periferias, e está do lado do povo pobre que sofre cotidianamente. É o partido que luta para combater o racismo, a violência contra a mulher, por uma educação de qualidade para todos e em todos os níveis, para tomar as fábricas das mãos dos ricos, para nacionalizar os bancos. Luta contra a escala 6×1 e contra o genocídio do povo palestino, pela reforma urbana e pelo socialismo. A Unidade Popular é o partido do MLB. A única opção para quem quer realmente mudar o Brasil. Por isso, todo o povo pobre, em especial as famílias do MLB, deve se filiar à UP.
Para que isso aconteça, é necessário fazer uma ampla campanha de filiação em todos núcleos, chamar a militância do movimento para se filiar. Apresentar o partido de forma simples e explicar por que é tão importante que os militantes do MLB ingressarem nas fileiras UP.
Não podemos mais esperar. Se queremos um futuro sem fome e sem violência precisamos dar um passo a mais para chegar nesse objetivo. Os militantes do MLB devem tomar partido e construir, junto com outros movimentos, a Unidade Popular, avançar a luta pelas transformações sociais e mudar o destino do povo pobre das ocupações, vilas e favelas do nosso país.
Matéria publicada na edição impressa nº316 do jornal A Verdade