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quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Protestos em Consulados dos EUA exigem fim do genocídio na Palestina

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Movimentos sociais realizaram protestos em várias capitais nesta terça-feira (19) para denunciar e exigir fim do genocídio do povo palestino e cobrar do governo Lula o rompimento das relações com Israel.

Jesse Lisboa | Redação


BRASIL – Em um dia de luta, movimentos sociais foram às ruas nesta terça-feira (19) para denunciar o genocídio do povo palestino e seu principal patrocinador: o imperialismo estadunidense. Atos foram realizados de norte a sul do país, com concentração em frente aos consulados e à embaixada dos Estados Unidos, o mandante do massacre promovido pelo Estado sionista de Israel.

Em Brasília, o ato aconteceu em frente à embaixada dos EUA, na Praça Portugal. Centenas de manifestantes ecoaram palavras de ordem exigindo o fim imediato do massacre em Gaza e cobraram do governo Lula uma postura firme, com o rompimento imediato de todas as relações diplomáticas e comerciais com o Estado terrorista de Israel.

A manifestação em Brasília contou com a presença de Leonardo Péricles, presidente nacional da Unidade Popular (UP). Em um ato simbólico do repúdio aos fascistas, bonecos representando Donald Trump e Benjamin Netanyahu foram queimados.

“Essa embaixada representa o país, maior inimigo da humanidade. São responsáveis por boa parte dos retrocessos das últimas décadas no mundo, sendo o primeiro país a usar bomba atômica contra os povos.”, destacou Léo Péricles.

Vigília no Rio e atos por todo o país

Vigília de 24 horas no RIo de Janeiro. Foto: Yanni Avellar (JAV/RJ)
Vigília de 24 horas no RIo de Janeiro. Foto: Yanni Avellar (JAV/RJ)

No Rio de Janeiro, a manifestação assumiu o caráter de uma vigília de 24 horas em frente ao consulado dos EUA. Os militantes se revezam em uma programação ininterrupta que inclui debates sobre a luta anti-imperialista, intervenções culturais e um ato ecumênico em memória dos mais de 62 mil palestinos assassinados por Israel.

O acampamento contou com mais de 200 pessoas, vários movimentos sociais e partidos políticos, uma ação unitária que reuniu todos os movimentos em defesa da Palestina no estado do Rio de Janeiro, também contou com várias lideranças políticas, como o deputado estadual Professor Josemar (PSOL), lideranças do PCB, do PCBR, e dos comitês de solidariedade à Palestina.

O plano dos movimentos é, no final da vigília do dia de hoje (20), entregar e protocolar no Consulado dos EUA um manifesto junto com o nome das 60 mil vítimas assassinadas, para denunciar o genocídio em Gaza.

Em Pernambuco, o ato aconteceu na cidade do Recife, com uma concentração na Praça do Derby, local histórico das mobilizações populares, seguindo em passeata até o Consulado dos EUA. Participaram também delegações da Paraíba e de Alagoas.

Rosilene Santana, presidenta da Unidade Popular na Paraíba, destacou que “o governador da Paraíba, João Azevedo (PSB), gastou mais de 5 milhões de reais na compra de mais de 600 fuzis de Israel. A mesma bala que massacra o povo palestino, mata o nosso povo aqui no Brasil. É urgente que nós, movimentos sociais, pressionemos o governo para que todas as relações com Israel sejam quebradas. Fora Israel de Gaza!”.

O motivo das manifestações se reflete nos números do genocídio. Um relatório do Ministério da Saúde de Gaza revelou que, de um total de mais de 55 mil mortos identificados, 17.121 eram menores de 18 anos. O documento mostra que oito bebês foram assassinados no mesmo dia em que nasceram, uma prova incontestável do caráter genocida e desumano da ofensiva sionista. Ainda de acordo com o Ministério, mais de 62 mil palestinos foram assassinados ou desaparecidos por Israel.

A luta pela soberania deve ser uma luta pelo socialismo

LUTA. A luta pela soberania deve ser uma luta pelo socialismo. Foto: Jesse Lisboa (JAV/PE)
LUTA. A luta pela soberania deve ser uma luta pelo socialismo. Foto: Jesse Lisboa (JAV/PE)

Aliada à luta pelo fim do genocídio em Gaza, os manifestantes também levantaram a bandeira da soberania nacional, denunciando que as taxações impostas pelo governo Trump e as bombas que caem sobre Gaza são armas do mesmo inimigo: o imperialismo dos EUA.

“A mesma lógica que permite o massacre de mulheres, crianças e trabalhadores na Palestina é a que nos impõe, no Brasil, salários de fome, saúde precária e uma jornada de trabalho desumana como a 6×1. Por isso, nossa solidariedade ao povo palestino deve ser acompanhada da exigência firme para que o governo federal rompa todas as relações com o Estado de Israel. Não podemos tolerar que os governos, seja o de Pernambuco ou o federal, sigam o jogo do imperialismo, que explora e mata os trabalhadores em todo o mundo para maximizar os lucros dos ricos. O ato diante do Consulado dos EUA foi essencial para expor que o sistema capitalista representado por Trump que financia Netanyahu nesse genocídio para lucrar com as riquezas do território palestino.”, aponta Camila Falcão, do Movimento de Mulheres Olga Benario.

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