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domingo, 10 de agosto de 2025

UP elege novo Diretório Estadual em MG

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Nos dias 26 e 27 de julho, a Unidade Popular de Minas Gerais realizou seu Congresso mais representativo, elegendo um novo Diretório Estadual com a tarefa de derrotar o fascismo, enfrentar as mineradoras e defender o patrimônio do povo, avançando na organização e na luta pelo socialismo.

Rafael Fumero | Diretório Estadual da UP – MG


Com o Congresso mais representativo da Unidade Popular de Minas Gerais, o conjunto dos filiados das regiões do Centro-Oeste, do Sul e Norte de Minas, do Triângulo Mineiro, da Zona da Mata, da Região Metropolitana e da capital, reuniram-se nos dias 26 e 27 de julho na Ocupação Maria do Arraial, para aprofundar a análise da conjuntura estadual e, com isso, elaborar a resolução política que irá guiar a atuação do partido pelos próximos anos, sobretudo do Diretório recém eleito.

Os debates foram divididos em três mesas. A primeira buscou analisar a conjuntura internacional e nacional, na qual, seguindo os mais recentes posicionamentos do Diretório Nacional, debateu-se os impactos das guerras interimperialistas para os povos oprimidos e a tarefa de conquistar a ruptura das relações diplomáticas do Brasil com o “Estado” nazi-sionista de Israel. O papel da UP será de apresentar à população o verdadeiro caminho para alcançar a soberania nacional e solucionar os conflitos mundiais: a conquista do poder popular e a edificação do Socialismo, porque como aponta Manoel Lisboa, “A maior prova que o marxista-leninista e revolucionário pode dar de internacionalismo proletário é fazer a revolução em seu país” (Manoel Lisboa).

Reestatizar mineradoras e nacionalizar o lítio

No decorrer do congresso, durante a segunda mesa voltada para a conjuntura estadual, foi compreendida a urgência da luta pela reestatização das mineradoras e pela campanha de nacionalização da exploração do lítio ー e sua cadeia produtiva ー pauta essa que diz respeito à preservação do meio ambiente, das culturas ribeirinhas, quilombolas, indígenas e, também, que tem o potencial de barrar a mineração predatória dos recursos que pertencem ao povo, de modo a garantir nossa soberania.

Outra tarefa imediata é derrotar categoricamente o fascista Romeu Zema e seus projetos de militarização das escolas e de adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que também visam entregar o patrimônio público aos grandes ricos. O primeiro dos projetos, a partir da falsa proposta de “disciplinar” os jovens e aumentar a segurança das escolas,, na realidade visa atacar o direito de organização dos estudantes e professores, duas das categorias que mais demonstraram revolta com as medidas neoliberais do governador fascista.

O segundo, visa vender centenas de imóveis e estatais para o Governo Federal, com o objetivo de pagar a dívida do estado. Definimos que não permitiremos que a farra dos banqueiros e acionistas continue em Minas, e barrar esse projeto é defender a UEMG, CEMIG, COPASA, CODEMIG, CODEMGE, a Casa de Referência da Mulher Tina Martins, o Memorial dos Direitos Humanos e outros tantos patrimônios do povo que estão sendo ameaçados para pagar algo que já foi pago mais de três vezes, como denuncia a Auditoria Cidadã da Dívida: “Segundo a Auditoria Cidadã da Dívida (ACD), nesse cálculo a União omite que já recebeu R$ 48,665 bilhões de juros e amortizações, o equivalente a três vezes o valor original da dívida, de R$ 14,883 bilhões! E ainda cobra mais R$ 159,9 bilhões, que representam o absurdo estoque atual desta dívida. Desta forma, a União receberia  simplesmente QUATORZE vezes a dívida original” (Matéria disponível aqui).

Para barrar os planos de Zema, o Diretório Estadual convoca todos para a Audiência Pública convocada pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, que acontecerá no dia 13 de agosto às 09:30.

Foto: Rafael Zolet (UP/MG)

Filiar, organizar e conquistar

Diretamente relacionado a todos esses tópicos está o trabalho com o Jornal A Verdade, ferramenta que, para além de ser central para a AGP, é capaz de apresentar nossa linha política e, com isso, filiar mais. Portanto, a tarefa de difundir A Verdade em Minas Gerais está intimamente conectada com nosso êxito.

Para filiar cada vez mais, foi apresentado o método já usado em São Paulo, que prova seu funcionamento na região Centro-Oeste do nosso estado. Método este que consiste em organizar núcleos regionais, com moradores de várias cidades com menos de cinco filiados e, nas reuniões de núcleo, além de se aprofundar a formação política, debate-se a necessidade de cada um apresentar o Jornal e filiar mais pessoas. Dessa forma, com o esforço de poucos coordenadores, é possível interiorizar a UP cada vez mais rapidamente.

Em apenas seis meses, foram fundados 5 novos núcleos municipais no Centro-Oeste, e caso esse exemplo seja seguido pelas demais regiões de Minas, será possível dobrar o número de filiados do estado até o final de 2025, meta estipulada pelo Diretório Nacional.

Dessa forma, ao longo do debate de finanças, percebeu-se que o acúmulo do processo rumo ao congresso já se provou exitoso, porque a meta de arrecadação mensal foi, pela primeira vez, atingida e a disputa agora é que os coordenadores de núcleo e finanças continuem com a luta para que cada filiado pague sua contribuição ideológica. Assim, até dezembro alcançaremos a ousada meta de 80% dos filiados cumprindo com a tarefa de sustentar o partido, o que a Executiva Nacional declarou na matéria UP denuncia privilégios dos partidos fascistas: “garantindo o autofinanciamento da UP, será possível manter a independência política e econômica para garantir o crescimento das nossas fileiras e a intensificação das lutas por todo Brasil”.

Novo Diretório amplia diversidade e presença nas regiões do interior

Para finalizar o Congresso, foi eleito o novo Diretório Estadual, com a maior representação dos interiores que o estado já teve, 12 cidades representando 8 regiões, mais mulheres, negros, não-bináries e, para além, com a energia necessária para estar a frente das lutas da classe trabalhadora. Agora, a tarefa de cada filiado é clara: derrotar o fascismo e seus projetos anti-povo, as mineradoras e avançar rumo ao socialismo.

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