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terça-feira, 30 de setembro de 2025

Importância do planejamento e preparo para grandes reuniões da UP

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No último dia 20 de julho, a sede da Unidade Popular (UP) em São Paulo reuniu coordenadores de 30 núcleos da capital. A comissão organizadora preparou uma reunião com formato dinâmico, incluindo café da manhã coletivo, análise de conjuntura e atividades em grupo.

Tati Bornato | Diretório da UP (SP)


PARTIDO – Realizar reuniões periódicas para receber e transmitir informes, estudar, debater sobre a conjuntura, aprovar e realizar propostas é uma prática comum na Unidade Popular (UP). Para o êxito dessas reuniões, é importante dedicar um tempo para sua preparação. Por exemplo, reuniões grandes, tanto em quantidade de participantes quanto em duração, exigem uma atenção especial dos presentes e, se a reunião não for bem planejada, é possível dispersar após algumas horas de estudo ou de falas.

No último dia 20 de julho, coordenadores e representantes de 30 núcleos da capital se reuniram na sede da UP, em São Paulo. O encontro teve como principal objetivo debater o crescimento do partido, especialmente entre as mulheres. Além disso, novos coordenadores, que assumiram a tarefa recentemente, puderam esclarecer dúvidas sobre o funcionamento dos núcleos, seus principais objetivos e formas de coordenação. Neste sentido, a Comissão Municipal da UP preparou um formato dinâmico e participativo para a reunião.

O encontro teve início às 08h30 com um café da manhã coletivo. Quem pôde, levou uma comidinha para socializar, e todos puderam se conhecer melhor. Os núcleos da UP estão distribuídos pelas cinco regiões da maior capital da América Latina, e nem todos os coordenadores se conheciam.

A reunião iniciou-se com uma breve análise de conjuntura, baseada na leitura do artigo de capa do jornal A Verdade, edição nº 317 – “Imperialismo estadunidense quer mandar no Brasil”. O objetivo foi contextualizar os militantes sobre o cenário econômico e político do Brasil e do mundo, destacando a importância e as motivações para o crescimento do partido entre a classe trabalhadora.

Também foram apresentados os resultados das duas últimas reuniões, como o aumento da participação de mulheres na coordenação dos núcleos e o crescimento do número de filiados. Em um mês, mais de 200 trabalhadores se filiaram, ultrapassando a meta que era de 3 mil filiados até o final de junho.

Na segunda etapa da reunião, os participantes foram divididos em grupos e passaram por diferentes “blocos”, cada um representando uma pasta específica: construção material, filiação, comunicação, formação e coordenação de núcleo. Em cada bloco, os grupos leram matérias do jornal A Verdade relacionadas à pasta, receberam informes, fizeram falas e puderem tirar dúvidas. Ao todo, foram lidas seis matérias do Jornal durante a reunião.

A terceira etapa foi marcada por uma dinâmica desafiadora, em que os coordenadores e representantes tiveram que convencer mulheres trabalhadoras a se organizarem ou a voltarem a participar das reuniões de núcleos na UP. A comissão se dividiu em categorias representativas da classe trabalhadora: estudante; mãe trabalhadora da saúde com jornada de 12×36 e dois empregos; professora com dois empregos afastada das reuniões de núcleo; operária da indústria têxtil chegando na fábrica; e caixa de supermercado na escala 6×1. Os grupos tiveram quatro minutos para apresentar a UP e convencer as mulheres a se organizarem ou a voltarem para a militância. A atividade gerou risadas, mas também destacou as dificuldades de interação e convencimento.

A reunião terminou com uma breve avaliação das estações e da dinâmica, seguida de propostas e depoimentos.

“A dinâmica e a abordagem das outras pessoas me ajudaram a ter melhores elementos de abordagens, uma vez que sempre tive dificuldades por me sentir despreparada ou envergonhada”, relatou Vanessa, do núcleo da Zona Oeste, que participou pela primeira vez de uma reunião de coordenadores.

Josy, coordenadora do núcleo de Osasco, destacou que “o formato da reunião permitiu um aprofundamento mais eficaz em cada uma das pastas, além de proporcionar um melhor entendimento sobre as debilidades e acertos dos demais núcleos”.

Para Victor, coordenador do núcleo de Pirituba, “as estações proporcionaram uma compreensão mais profunda sobre os problemas individuais de cada núcleo e destacou que a dinâmica foi essencial para identificar que a dificuldade de organizar as mulheres trabalhadoras está diretamente relacionada às escalas de trabalho exorbitantes, como a 6×1”.

Reuniões grandes, que possuem um caráter formativo e com longa duração, permitem inovar sem perder o método ou sair da linha política da Unidade Popular.

Avante, camaradas!

Matéria publicada na edição impressa nº320 do jornal A Verdade

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